Sintra
Acabei por nunca vos falar daquele passeio a Sintra que fiz em meados de Agosto com o amigo coreano que conheci na Grécia, e que entretanto esteve em Portugal durante uns dias. Aqui ficam cinco constatações que fiz naquele dia e que guardarei comigo durante longos e bons anos:
1. Sintra é uma vila mágica. Há anos que a Rita não ia a Sintra (tipo uns 12). A Rita tem de ir mais vezes passear a Sintra, nem que seja para enfardar meia dúzia de travesseiros.
2. Nunca, MAS NUNCA, deverá a Rita voltar a Sintra em Agosto. Filas intermináveis, transportes públicos atrasadíssimos e lotados, um calor terrível, muito difícil conseguir tirar uma fotografia sem aparecer um asiático atrás ou ao lado ou até mesmo à frente ou admirar um cenário sem haver um italiano qualquer a gritar-nos ao ouvido.
3. Para se ir a Sintra, é preciso tirar cedo o rabo da cama. A Rita atrasou-se e perdeu o autocarro das 11h por causa de um grupo de franciús (raça esta que não desampara a loja mais as suas axilas fedorentas) que levou dez minutos a comprar os bilhetes. O autocarro do meio dia nunca apareceu e a Rita, às 13h15, decidiu-se a apanhar um Uber. Quando chegou à vila de Sintra já não havia nada a fazer: os mouros e outra estrangeirada já haviam tomado conta das ruas, do castelo, do palácio e dos jardins! D. Afonso Henriques não havia de ficar contente.
4. Quando praticas a actividade "turismar" com um coreano, tens de aceitar: ele vai pedir uma fotografia em cada recanto. Eu disse uma? Perdão, queria dizer VINTE. Sim, aquele rapaz passava-me a sua câmara xpto para a mão de cinco em cinco minutos e depois punha-se a fazer poses que nunca mais acabavam. Põe o chapéu, tira o chapéu, muda a inclinação do chapéu, olhar para o lado, mão debaixo do queixo, olhar para cima, apontar para um sítio qualquer, cruzar a perna, saltar, correr, fazer o pino. Juro que todas estas posições foram executadas e que existem fotos que o comprovam. Juro.
5. Nunca, MAS NUNCA, levar vestido para o Cabo da Roca. Não sei quantas pessoas viram a cueca da Rita (pelo menos era uma cuequinha sexy) mas garanto que foram umas quantas. Levar o cabelo atado também é uma boa ideia. Evita ter que apagar 85% das fotos quando se chega a casa porque não se vê a cara...só um molho de cabelos castanhos ondulando ao sabor da leve brisa put* do vento.
Ele fazia vinte poses diferentes mas eu também fazia umas cinco ou seis! Não há cá almoços grátis
Ainda bem que há barreiras de segurança no Cabo da Roca. Ainda bem que ninguém vai passar as barreiras de segurança e tirar fotos a saltar em rocha irregular, de vestido com um vento dos diabos e o cabelo todo nos olhos. Ainda há gente responsável.
Cabo da Roca. Só tinha ido uma vez e fora só de passagem. É tão bonito
PS: repararam que eu nunca disse o nome do rapaz? Pois, é que não me lembro!! Era qualquer coisa muito estranha que começava com um "S" e ele no facebook usa lá aqueles caracteres chineses estranhos e fico na mesma... Fica "moço coreano", pronto.