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Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Um Excelente Ano a Todos!

   Amigos, desejo que 2015 seja um óptimo ano para todos, cheio de sucessos pessoais e profissionais, repleto de alegrias e de momentos para recordar para sempre. Divirtam-se à grande nesta noite! A manada mais linda do parque de elefantes mais perfeito do mundo inteiro manda beijocas para todos e diz que lá já entraram em 2015 há uns minutos!!

Resoluções para 2015

  A um dia e poucas horas apenas do início do novo ano, aqui ficam as minhas resoluções para 2015:

-Ser mais feliz e menos preocupada com as coisas

-Ir duas semanas para o Porto no verão, estagiar no hospital do Montenegro

-Ganhar o prémio de mérito relativamente ao passado 3º ano

-Conseguir colocação no hospital da Lusófona no 5º ano e pagar só metade da propina (com sorte deixo de a pagar por inteiro ahahah)

-Ter sempre boas notinhas

-Ter um verão espectacular

-Ler mais

-Tirar o Advanced em inglês (se não for em 2015, tem mesmo de ser em 2016)

-A minha actividade extra curricular secreta que espero mesmo ter tempo de realizar pois há muito que o quero fazer

-Não acordar tão rabugenta em dias de saída de campo para os cavalos

-Sorrir mais :)

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Sai um Óscar para a mesa do canto!

   Hoje vi um filme que, se não estiver, no mínimo dos mínimos, nomeado para os Óscares, este mundo está perdido. Dá pelo nome de "The Good Lie" e fala dos orfãos refugiados do Sudão que percorrem milhares de quilómetros a pé depois de verem as suas aldeias destruídas e os seus parentes assassinados, para chegarem a um campo de refugiados no Quénia. Alguns anos mais tarde, constam na lista dos sortudos que têm a oportunidade de ir para os Estados Unidos e aí construir uma nova vida. O filme segue três dessas crianças (que depois já são adultas ao irem para a América) e mostra as suas dificuldades de integração, a sua capacidade de resiliência, e sobretudo, a sua magnífica forma de viver com amor e simplicidade. A irmã de um desses rapazes é enviada para outro estado americano, e o filme também mostra a luta deles por voltarem a estar juntos novamente. Mas o mais emocionante é que estes quatro jovens foram um dia salvos ainda no Sudão pelo irmão mais velho dos outros dois, que sacrificou a sua liberdade para que os outros pudessem escapar. Todos pensam que ele morreu mas, meses após a chegada ao continente americano, a rapariga recebe uma carta dele e....o filme acaba de uma maneira absolutamente maravilhosa que não vou contar!

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O Melhor de 2014

   Quando os meus anos começam, parecem sempre pouco promissores. Pudera, começo logo com exames, pressões, noites mal dormidas, notas sempre a sair. Mas quando chegam ao final e olho para trás, chego à conclusão de que todos eles foram bons, no mínimo. Este que passou então, foi espectacular.

   Até meados de Abril, o meu ano de 2014 foi uma porcariazita sem grande interesse. No dia do jobshop, parece que a sorte retornou a casa e tudo mudou. Nesse dia deram-me esperança, força, confiança e vontade de ir o mais longe possível. Nesse dia também, ganhei um livro no final desse mesmo job shop (e eu que nunca tinha ganho nada em lado nenhum!). Nesse dia ainda, soube que tinha havido um engano com a atribuição dos prémios de mérito e que afinal eu constava na lista. Nessa semana, ficou decidido que o meu verão seria passado na Tailândia, a cuidar de elefantes. E foram estas mesmas semanas passadas no continente asiático que fizeram deste ano um dos melhores de sempre, pelas experiências que vivi, pelos locais que visitei e pelas pessoas incríveis que conheci ao longo do percurso. Agora já para o final do ano, o meu coração encheu-se um bocadinho mais com amor com a adopção da Oreo. A todos estes momentos especiais juntam-se "as primeiras vezes": a primeira castração de porco, a primeira OVH, a primeira destartarização. E a esses grandes momentos, juntam-se todos os outros mais pequenos mas não menos importantes para a construção da minha felicidade. Basta que me recorde de quantas vezes me desmanchei a rir este ano...sem razão aparente nenhuma!

   Assim sendo, aqui vos deixo o melhor que 2014 me trouxe:

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O melhor momento.

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O melhor festival.

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 A melhor saída de campo.

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 O melhor mergulho.

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 O melhor dia (ou um dos melhores dias de três semanas perfeitas!).

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 A melhor família (e a mais cool!).

 

Gatos

'What am I blind, Bob?'

Gatos. São do piorio. Já estou ansiosa a pensar no que me espera amanhã no hospital, espero que sejam todos bonzinhos, senão vai ser o drama do costume para lhes dar as medicações!

Casal Maravilha (ou ex!)

   Eles eram estranhos, eles eram loucos, eles eram invulgares, eles eram excêntricos, eles eram mirabolantes. Mas também eram fantásticos, surpreendentes, creativos e, acima de tudo, eram perfeitos um para o outro. Falam por aí de muitos "casais maravilha" mas haveria algum melhor do que Tim Burton e Helena Bonham Carter? Não, pois não? Bem, agora já há, porque eles se separaram. O meu casalinho maravilha separou-se e eu ainda estou meio em choque com a notícia. 

  Houve uma época, na altura em que o Sweeney Todd saiu, devia eu ter acabado de entrar nos meus 13 anos, em que era completamente obcecada pela HBC. Até criei um blog, juntamente com uma amiga, que rapidamente acabou por cair no esquecimento. Mas realmente, aquela mulher é maravilhosa. E o Tim também. E quando se junta o Johnny Depp, aquilo torna-se na mais espectacular receita cinematográfica jamais criada. Eu sou super fã do trio, e espero que, apesar da separação, ainda surja um ou outro filme realizado pelo Tim Burton em que contracenem a Helena e o Johnny. Agora licençinha que eu vou ver o Sweeney Todd, as saudades apertam!

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Um Natal sem crueldade

   O meu almocinho de hoje não levou ao derrame de gota nenhuma de sangue, pelo 3º ano consecutivo! Mas desta vez, estou muito orgulhosa do prato que confeccionei, ficou maravilhoso! My friends, le tofu espiritual:

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Nhami! E depois, foi só rematar com bolo de requeijão, tarte de maçã, bolo de chocolate, sonhos, queijo.....e entretanto tenho 3kg a mais no lombo :P

Continuação de Boas Festas! 

N'oublie pas mon petit soulier #6 - o meu último pedido

   Este é o meu último pedido ao Pai Natal. Se tivesse de escolher um de todos os que fiz, escolheria este: paz e alegria para o mundo inteiro. Paz para os meninos de Israel, da Síria, da Ucrânia, da Líbia, do Paquistão. Paz para todas as mentes perturbadas e vingativas nos Estados Unidos. Paz para todos os que fazem a guerra em nome da religião, da raça ou de questões políticas. Paz para os meus elefantes queridos e para todos os outros que diariamente são perseguidos e executados. Companhia para todos os idosos que passam o Natal sozinhos pelo mundo fora. Um tecto e uma refeição quente para todos os que vivem nas ruas. Solidariedade, mais solidariedade e maior adesão às boas causas. O verdadeiro espírito do Natal, ao invés do consumismo doido. Famílias reunidas. Muita abundância em comida, mas que se aproveitem todos os restos. Felicidade, felicidade suprema. E já agora, que todos os nossos amiguinhos de quatro patas que por aí vagueiam, seja na rua, seja em canis, sintam o amor nesta quadra. 

Um Santo Natal a todos.

O Guardião - Fanfiction Hobbit

Pronto, andava para aqui desde sábado à noite a ruminar esta história na minha cabeça. Gosto bastante do resultado, espero que também gostem :)

 

   Quando os cavalos passaram os primeiros portões, um atrás do outro,  ouviu-se o eco de duas trombetas, ressoando desde as portas da fortaleza, que se via envolvida por enormes cascatas que caíam do céu.
   "Um toque. Amigos" raciocinou Tauriel, enquanto um ténue sorriso lhe repuxou os lábios. "Ainda se recordam de mim."
Kili seguia atrás dela, esforçando-se por manter o equilíbrio e não tombar do seu cavalo branco, demasiado largo para as suas curtas pernas. De testa franzida e olhar atento, fixava a sua atenção naquele lugar encantado, constatando que nem uma única folha mudara de posição desde a última e única vez que ali estivera.
  Assim que chegaram à porta principal, Tauriel refreeou o cavalo e este estacou diante de uma figura alta, pálida, de cabelos loiros muito compridos que esvoaçavam ao sabor da brisa.
   "Não mudou nada" pensou a jovem para consigo, entusiasmada por rever o seu companheiro de guerra tantos meses após a sua partida.
   -Tauriel - cumprimentou ele com uma voz que era um misto de frieza com emoção.
   -Legolas, amigo - devolveu ela, descendo do cavalo com a maior das precauções e a mais incrível das levezas. Junto do seu corpo, envolvido num lençol de linho branco que servia de alcofa, jazia um pequeno ser adormecido.
   O elfo macho manteve a distância, observando a criança em bicos dos pés. Essa contemplação foi interrompida por um baque surdo seguido de um relinchar. Kili estatelara-se no chão ao tentar desmontar. Claramente, os cavalos não eram feitos para anões.
   -Estou bem, estou bem - afirmou, erguendo-se rapidamente e sacudindo com as duas mãos o pó das roupas.
   -Kili -  chamou Legolas, numa voz onde apenas existia frieza e desafio.
   -Legolas - devolveu o anão na mesma moeda, aproximando-se da sua amada e colocando carinhosamente uma mão atrás das suas costas, remexendo no seu cabelo cor de avelã, entrançado com tamanha paixão todas as manhãs.
   -Viemos passar uma temporada a Mirkwood. Gostava de ver a minha mãe novamente.
   -Serás sempre bem-vinda a casa, Tauriel - proclamou Legolas, lançando um olhar ameaçador a Kili, que não se deixou intimidar.
   -Gostava de te apresentar o nosso filho, Kiel, o primeiro da sua linhagem - disse a elfa, aproximando-se do amigo com o bebé nos braços.
   -Já havia registo nos nossos livros de cruzamentos entre a nossa raça e outras inferiores, nomeadamente Homens e feiticeiros. Mas com anões, deve ser uma estreia - comentou Legolas com desdém, sem nunca tirar os brilhantes e cativantes olhos azuis da criança.
Kili soltou um rugido, puxou da espada num movimento breve e ameaçou o ser esbelto, avançando na sua direcção com os dentes cerrados e os músculos flectidos.
   Tauriel pôs uma mão sobre o seu ombro e ele rapidamente colocou uma expressão indecifrável no rosto rosado, voltando a embainhar a espada. A elfa deu alguns passos em frente, sem qualquer sinal de ressentimento para com Legolas, e colocou-lhe Kiel nos braços, sem lhe dar tempo para reagir.
   O rosto do jovem pareceu iluminar-se brevemente ao ver aquela criatura tão inocente e sossegada. Passou-lhe um dedo pela face bochechuda e nada típica de uma criança élfica até chegar à orelha, pontiaguda. O rapazinho acordou com o toque e os seus olhos abriram-se numa imensidão verde,enquanto bocejava.
   -Tem as tuas orelhas. E os teus olhos - declarou, soltando um risinho nervoso ao reparar que a criança o fitava com olhar curioso.
Tauriel sorriu, deixando-se ficar em silêncio. A sua face deixava transparecer paz e harmonia. Vestida em tons pérola com retoques a castanho e a verde, parecia ter sido abençoada pela própria Natureza em pessoa. Os cabelos castanho claros caíam-lhe pelos ombros de forma semelhante à água que tombava das montanhas em redor de Mirkwood, e eram coroados por três sublimes tranças que se uniam no topo da sua cabeça. Os olhos verdes e penetrantes sorriam também, espelhando a felicidade de regressar a casa em família.
   -Queremos que sejas o guardião do Kiel - declarou a rapariga, lançando um olhar a Kili, que contraiu os punhos e franziu o sobrolho, pigarreando de forma a mostrar o seu descontentamento.
   Quando a companheira lhe sugerira Legolas como guardião do filho, caso algo lhes acontecesse, Kili negara veementemente essa proposta, afirmando que nunca confiaria o bebé a um elfo snob e vil que cobiçava a sua mulher. Mas Tauriel sugeriu que Kili desse uma ideia melhor, e como este não foi capaz de pensar em nenhum amigo seu ou familiar anão a quem fosse capaz de confiar a criança, já que o seu irmão e companheiro de vida fora morto durante a guerra, acabou por concordar que não havia melhor opção que o filho primogénito do rei dos elfos.

   Legolas pareceu surpreso e deu meio passo para trás, com a criança nos braços. Abanou negativamente a cabeça, de olhos arregalados.

   -Não posso ser guardião de um ser que é meio elfo. Ele não pertence a este reino - proclamou, aterrado. - Não, Tauriel. Não posso aceitar. Sabes que faria qualquer coisa por ti, mas o meu pai...

   -Então aceita esta demanda - interviu Kili, dando um passo em frente. Os seus cabelos negros e longos esvoaçaram com uma rajada de vento que fez agitar as árvores. - Por favor. Se fazes tudo pela Tauriel, sê guardião do Kiel. Ficar-te-ei eternamente grato.

   O elfo fixou o anão com atenção, ainda mais espantado com as suas palavras do que com o pedido que acabara de receber. Os seus olhos moveram-se de novo para a criança, depois para a elfa, e finalmente para o anão outra vez. Abriu a boca para falar, mas durante algum tempo nenhum som se ouviu, à excepção do murmurar provocado pela carícia do vento nas árvores das florestas em redor e o chorar constante das montanhas. Por fim, proferiu:

   -Eu aceito, pela nossa amizade.

   Olhou para o ser pequenino que segurava ao colo e sorriu para ele. Este agitou os bracinhos e riu-se como se estivesse a fazer pouco do elfo.

   -Tem o teu sentido de humor – comentou com Kili, de forma amigável. O anão riu-se igualmente e os quatro entraram juntos na fortaleza mágica para partilharem uma agradável ceia de boas vindas.

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