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Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

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Throwback Thursday #18

   A viagem que fiz a Berlim em 2010 abriu-me as portas para o resto do mundo e foi a semente necessária para que começasse a germinar em mim o bichinho das viagens. Pratiquei imenso o alemão, conheci pessoas do mundo inteiro, vivi a febre do Mundial por lá e posso dizer-vos que vasculhei todos os cantos e recantos da cidade, desde museus a jardins, passando por palácios e até fazendo passeios aos fins-de-semana para ir conhecer as redondezas (nomeadamente o campo de concentração de Sachsenhausen). Foi uma das melhores viagens da minha vida e guardo-a na minha mente com um carinho enorme!

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Sofrimento

   Depois dele, pensei que o sofrimento acabara. Pensei que aquele sufoco que me apertava o peito diariamente se tinha ido para sempre. Julguei que era livre, que nunca mais me deitaria a chorar por causa de alguém que não merece as minhas lágrimas. Acreditei que não ia mais voltar a olhar para um homem daquela forma, e suspirar de maneira inconsciente. Achei que talvez tivesse crescido um bocadinho e deixado de lado todos aqueles disparates do amor eterno e das grandes histórias de paixão e romance, como se vêm nos filmes e nos livros. Pois olha para mim agora, e diz-me o que vês. Um coração partido, talvez. Um olhar vazio. Uma sombra que se esconde no meio de outras, que foge da luz. De novo quebrada pelo peso de um amor não correspondido. Com receio da chegada da noite, e de todos os seus silêncios dilacerantes que sempre se fazem acompanhar pelo rolar de lágrimas gordas e vagarosas. Com vergonha, de ser sempre a rapariguinha apaixonada que cogita sobre jantares à luz das velas e viagens pela América do Sul a dois e beijos ternos, verdadeiros e mágicos sob uma chuva de estrelas cadentes. Uma coisinha pálida que se vai encolhendo à medida que vai sentindo o peso da dor a abater-se sobre os seus ombros, e vai afundando na única forma de amor verdadeiro que conheceu na vida, a do sofrimento.

Não é trabalho, é paixão!

   Mais 24 horas seguidas feitas, com imenso trabalho e uma torção de estômago às 23h30 resolvida cirurgicamente, cá ficam as fotos com os pacientes mais fofinhos. Cada vez mais tenho a certeza que é isto que quero fazer!

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DEREK NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAOOOOOOO! -SPOILER ALERT

   Eu não sou de chorar com séries ou filmes, a menos que sejam cenas tristes com animais. É mesmo muito raro. Mas hoje fui apanhada desprevenida, foi mesmo um choque. E escrevo isto enquanto limpo as lágrimas que me correm pela cara. Bolas pá, não estava mesmo nada à espera! Uma personagem principal que faz onze temporadas e que nos acompanha durante tantos anos. Ainda por cima, Anatomia de Grey foi a primeira série que me roubou o coração. E agora, partiu-o em mil pedacinhos. Eu vi a Izzie com cancro, eu vi a Addison sair para trabalhar em LA, eu vi o George morrer herói, eu vi a Ellis com Alzheimer, eu vi a Arizona a ficar sem uma perna, eu vi o Mark e a Lexie falecerem um a seguir ao outro, eu vi a Cristina a ir-se embora (de longe a minha personagem preferida), eu vi internos a morrerem e aguentei. Mas isto, Shonda?! O Derek?! Não, ainda não acredito, estou em choque profundo. O melhor é ir dormir que o meu coração não aguenta mais por hoje. 

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Assim dá gosto correr!

   Ontem lá fui eu gastar uma pequena fortuna em coisinhas novas para as minhas corridas. Os meus ténis velhinhos já deviam ir nos dez anos de idade e correr com as mesmas leggins que se usa para o dia-a-dia também não é o ideal. Para além disso, precisava de uma daquelas bolsas para poder transportar comodamente o telemóvel e o bilhete de metro, nos dias das provas.

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 Ténis - Nike Dual Fusion Lite

Calças - Outpace Hera

Bolsa - Outpace Elliot

Throwback Thursday #17

   Em Abril de 2012, depois do Sporting ser eliminado da Liga Europa pelo Atlético de Bilbao, umas centenas de adeptos foram receber os jogadores ao estádio, em jeito de agradecimento e de homenagem pelo grande jogo. Entre esses adeptos, estava lá eu. Um momento memorável de união e verdadeiro espírito sportinguista. Nunca vou esquecer o Capel lavado em lágrimas a agradecer.

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Devias Ter Visto

   Devias ter visto como me demorei pela manhã e levei tempo a escolher a roupa certa. Devias ter visto como me maquilhei e pus perfume, só para ti. Devias ter visto como me sentei de forma desajeitada ao teu lado, enquanto o meu coração fazia por me saltar do peito. Devias ter visto como as minhas mãos tremiam e como me esforcei por disfarçar. Devias ter visto quantas vezes eu ensaiei aquele momento. Devias ter visto o quanto corei, e sentido o calor que me percorria as veias. Devias ter visto o meu sorriso, que é das poucas coisas que aprecio em mim. Devias ter visto o meu olhar brilhar na tua direcção enquanto fitavas o computador e o telemóvel. Devias ter visto como me mexi na cadeira, tão nervosa, a teu lado. Devias ter visto como me permiti a mim própria admirar cada centímetro teu. Devias ter visto como gaguejei e me despedi à pressa. Devias ter visto isso e tudo mais. Mas nada viste.

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Tenho Nojo

   Julguei que hoje seria um bom dia, que chegaria a casa contente, depois de ter umas quantas horas de aula com um professor estrangeiro que veio de propósito de Viena para nos ensinar. Mas enganei-me, cheguei de lágrimas nos olhos e com vergonha, com nojo de fazer parte deste povinho, de ter nascido neste país. Cheguei a casa com a tristeza espalhada no rosto, por ser incluída no mesmo saco desta gente que não consegue ficar umas horas sentada e em silêncio, a aproveitar algo que não existe nas instituições públicas. É muito desmotivante quando um professor estrangeiro faz comentários sobre alguns comportamentos que ali se verificaram mas também sobre tudo o que acontece a um nível mais geral neste país de merda onde se dão antibióticos a uma vaca porque ela tem um vírus. 

   É frustrante um professor dizer "eu sou austríaco, é normal que esteja sempre à procura da perfeição, ao contrário de vocês, portugueses". Quero dizer, é frustrante para mim, que também vivo sempre à procura de ser melhor, de superar os meus próprios objectivos, de me vencer a mim própria diariamente. Para os outros não sei, julgo que lhes dá igual. Sempre achei que nasci no país errado, sempre me vi diferente dos outros portugueses, mais perfeccionista, mais ambiciosa, mais trabalhadora, mais rigorosa. O que este país me dá é mesmo nojo, não encontro palavra melhor. Só quero sair daqui e fingir que este pedaço de terra sempre na cauda de tudo me é desconhecido.

   E peço desculpa se ofendi alguém mas é mesmo assim que eu me sinto, um pedacinho de merda ambulante.

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