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Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Sem Ele

   Ela usava uma fita no cabelo todos os dias. A cor variava, consoante a da saia, mas nunca era preta. Ela gostava de cores alegres, de tons vibrantes, joviais. Saía de casa a cantarolar, com um sorriso nos lábios e a pasta do emprego debaixo do braço. Os seus cabelos loiros agitavam-se com os seus movimentos energéticos e acompanhavam a saia que dançava ao sabor da brisa matinal. Pegava na bicicleta e lá ia, não saíndo no entanto nunca de casa sem lhe dar um beijo e lhe desejar um bom dia. Era jovem e tinha dentro dela tantos sonhos que os dedos das mãos não eram suficientes para os contar.

   Mas veio o dia em que tudo mudou, e as fitas perderam a cor. Passou a usar apenas uma, negra, que conjugava com uma saia da mesma cor. Todos os dias. Saía de casa de cabeça baixa e lábios descaídos. Os cabelos compridos, outrora cheios de vivacidade, caíam-lhe pesarosamente pelos ombros, nunca mais tendo mostrado sinais de alegria. Agarrava na bicicleta de uma forma automática, a mesma com que passara a executar todas as suas acções. De vez em quando, voltava para trás, julgando ter-se esquecido de se despedir dele. Mas quando entrava em casa e o silêncio se apoderava dela, caía de novo na realidade. Eventualmente, acabou por encolher os ombros de cada vez que pretendia dar-lhe um beijo e ele se encontrava ausente, e eventualmente acabou por repetir o mesmo gesto de cada vez que via passar à sua frente um dos seus sonhos do antigamente. Sem ele, nem as cores, nem os gestos, nem os sonhos, nada fazia sentido.

A TAÇA É NOSSA!!!

   Hoje teve de ser, não houve hipótese para estudar a partir das 15h da tarde porque o tempo foi inteiramente dedicado ao meu Grande Amor. E se valeu a pena! Foi um daqueles jogos em que uma pessoa parece que vai ter um fanico a qualquer momento. Quando o Montero marcou o golo do empate, eu chorei. Quando os tipos do Braga falharam os penaltis e ganhámos o jogo, eu voltei a chorar. Só não chorei quando a equipa ergueu a taça em Alvalade (já eram umas 23h e tal) porque houve uma dúzia de engraçadinhos mesmo ao meu lado que decidiram invadir o campo, aos quais se seguiram muitas outra centenas e acabaram por estragar o final da festa. Ainda assim, viveu-se naquele estádio um ambiente incrível, com a curva sempre a cantar e a incentivar o resto dos adeptos. 

   Vou dormir com o maior dos orgulhos em pertencer a esta família leonina que não desiste e que luta até ao fim. A TAÇA É NOSSA!!!

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Família de Leones!

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Festa em Alvalade!

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Momentos após o erguer da Taça, invasão de campo...

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 Depois lá fui tirar uma foto ao relvado.

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