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Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Viver

   São muitas vezes as pequenas coisas do dia a dia que nos trazem ao rosto aquele sorriso patético que uma pessoa ostenta quando está feliz por razão nenhuma em especial. É o sol que bate na cara logo pela manhã, ao mesmo tempo que o tempo ainda está fresco, é o estar com os amigos à conversa antes de uma aula ter início, é o saborear de um prato especial e caseiro, é aquela música que nos põe a dançar, é o dizerem-nos que sentiram a nossa falta, é o afagar do pêlo dos nossos animais, é o ter aquela aula interessantíssima que nos deixa altamente motivados, é o cheiro da nossa almofada quando chegamos à cama exaustos, são os sonhos do futuro, as lembranças de um passado alegre, a sensação de um presente. É um sorriso que não víamos há muito tempo, um café forte numa manhã sonolenta, uma corrida para relaxar, um abraço sentido, uma confissão murmurada, umas gotas de chuva na cara. É ver, ouvir, sentir, cheirar e saborear. É viver.

De Volta a São Bento

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   Esta foi a minha reacção ao saber que os estágios em São Bento vão retomar com os alunos que realmente estão interessados. É o hospital mais "intern friendly" que eu conheci até hoje e aquele onde aprendi mais. Bichinhos, preparem-se para os miminhos da Rita! 

Um Bocadinho de Amor

   Eu estou sempre a dizer (é mais a pensar, mas fica a ideia) que não preciso de homem nenhum para ser feliz. E não preciso mesmo. Afirmo que não quero cá desses seres de um planeta estranho, que só dão trabalho e despesa. Gosto de ter a minha independência, de ocupar o meu tempo livre com várias actividades e de não me sentir presa a alguém, na obrigação de ir ter com essa pessoa e de lhe dedicar uma boa parte do tempo diariamente. Se calhar, isto dito assim até parece horrível. Mas eu sou assim, e não há muito a fazer.

   No entanto, aqui há uns dias atrás, na nossa pausa de quase três horas de almoço no hospital de cavalos, estava a ouvir a conversa dos colegas sobre quem se iria casar primeiro e quando cheguei a casa acabei por me sentir triste. Quase todos eles estão numa relação há vários anos, e pelos vistos vai haver muito casório assim que a vida profissional estabilizar e estivermos todos no mercado de trabalho. 

   Isto tudo para dizer que na maior parte do tempo, sou feliz assim, solteira. Mas às vezes fazem falta aquelas mensagens carinhosas à noite, um abraço mais apertado, um olhar cúmplice, fazer programas aos fins-de-semana, patilhar coisas. Afinal, toda a gente precisa de um bocadinho de amor de vez em quando. 

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Promessas

   Prometeste que passaríamos pelo tempo de mãos dadas. Disseste que só mesmo a morte nos poderia separar. Juraste ajudar-me a subir as escadas quando as minhas pernas perdessem a força. Sussurraste palavras de amor eternos e desenhaste dois caminhos que nunca mais se haveriam de separar. Mencionaste sonhos em comum, almejaste o impossível, sem nunca me fazeres duvidar do que afirmavas. Seguraste-me e juraste nunca mais me largar. Traçaste corações na areia, comprometeste-te em fazer de mim a mulher mais feliz do mundo, garantiste que estarias sempre aqui quando necessário. Asseveraste que teria de te aturar para o resto da vida, como se de algo pejorativo se tratasse. Quiseste gravar as nossas iniciais na casca de uma árvore e prender um cadeado nosso numa dessas pontes famosas. E declaraste que o amor se acabaria apenas no dia em que a ponte fosse derrubada ou alguém decidisse remover todos os cadeados.

   Mas foste-te embora, de um dia para o outro, sem explicações, sem um motivo, sem olhar para trás. E eu já fui confirmar, não penses que não fui: a ponte continua no sítio e o cadeado lá parado, agora sem sentido, sem razão, feio e obsoleto. Tudo permanece igual, excepto esta tua ausência, esta corrente de ar vazia, esta sombra que paira constantemente sobre a minha vida. Por que te foste, depois de me prometer o mundo, se não pretendias cumprir?

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Bem Vindos ao 5º Ano

   Foi um autocarro. Não, talvez tenha sido um camião. Melhor, foi um comboio inteiro, com todas as suas carruagens. Falo do que me passou por cima. Dois dias a entrar às oito da manhã e a sair às sete da tarde derrubaram as minhas forças para o resto da semana. E amanhã a coisa parece ir pelo mesmo caminho.

   Agora só preciso de encontrar aquelas pessoas que me disseram "ah, o 5º ano é muito relaxado, é tudo tranquilo", para lhes dar um par de estalos e os chamar de mentirosos enquanto lhes atiro pedras. Mas primeiro vou só dormir umas horinhas, está bem?

De Volta aos Treinos

   Hoje regressei aos meus treinos de corrida e foi espectacular. Primeiro, no sentido em que me senti imensamente bem por acordar mais cedo e por estar a fazer exercício físico, depois de estar quase dois meses parada. E segundo, no sentido em que devia parecer uma velhinha com reumático a correr atrás de alguém que lhe furtou o saco das compras. Nem acredito que falta um mês para a meia maratona e eu nem cinco quilómetros consegui fazer sem ter de abrandar por duas vezes para respirar um pouco! Nisto sou tipicamente Portuguesa...à última da hora é que começo a treinar...e só no próprio dia decido se estou apta a arrastar o traseiro durante 21km ou se vou antes ficar pelo sofá a vegetar.

   Amanhã há mais...digo eu agora, antes das dores aparecerem.

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Gente Mal Educada

   Se há coisa que eu não suporto, é gente mal educada. Pessoas que vão sentadas no autocarro e que viram a cara quando entra um idoso ou uma grávida e não há mais lugares sentados. Pessoas que ouvem música em altos berros em locais públicos, como se toda a gente estivesse interessada em ouvir. Pessoas que não agradecem quando as deixam passar primeiro. E, como vi hoje no Lidl, pessoas que nem se dignam a abrir a boca quando o senhor da caixa lhes dirige um simpático "bom dia". Se calhar a senhora era muda. Ah, não, porque falou com o rapaz que se encontrava à frente dela uns momentos antes. Mas vai-se a ver e não fala Português. Hmmm...também não me parece, podia apostar que era de um dos PALOP's. E depois são estas mesmas pessoas que vêm dizer que não querem cá refugiados porque eles "não têm maneiras". Enfim.

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O Regresso às Aulas

   Parece que foi ainda ontem que eu pus os pés naquela Universidade pela primeira vez, assustada, nervosa, e ao mesmo tempo curiosa por descobrir aquilo que todos estes anos de curso teriam para me dar. Lembro-me muito bem das duas primeiras pessoas que conheci, à porta da primeira aula de todas, uma aula de química prática leccionada pela professora Daisy.

   E agora cá estou eu, prestes a iniciar o último ano (não contando com os seis meses de estágio que se seguem, por já não serem na faculdade), com muito mais responsabilidades, com uma bagagem de conhecimento enorme, que cresce de dia para dia, e com algum receio do que o futuro me poderá trazer depois desta etapa concluída.

   Há de ser um ano cheio de desafios, problemas e obstáculos, mas espero que também tenha pelo meio muitos momentos de descontracção, convívio e companheirismo. Que venha o último ano e boa sorte a todos os que estão nesta luta chamada Ensino Superior!! 

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Desafio: Completa a Frase

Ora cá está mais um desafio, desta vez proposto pela Sofia. Cá vamos nós! :)

 

Sou muito estranha. Cada vez mais acho que sou estranha, em comparação com o resto do mundo.

Não suporto pessoas negativas que estão sempre a tentar empurrar os outros para baixo com elas.

Eu nunca mais ponho os pés num circo com animais.

Já me zanguei com pessoas por não aceitarem que eu não como carne sem começarem a gozar ou a fazer comentários maldosos.

Quando era criança gostava de ir comer gelados com a minha avó.

Neste exacto momento estou a pensar em todas as tarefas que tenho de fazer antes das aulas começarem.

Morro de medo que aconteça algo às minhas cadelas durante as minhas ausências de Lisboa.

Sempre gostei de aprender línguas novas.

Se eu pudesse acolhia em casa todos os animais abandonados do mundo.

Adoro o Natal.

Fico feliz quando faço um programa diferente aos fins-de-semana.

Se pudesse voltar no tempo não mudava nada, pois tudo o que fiz, tornou-me quem eu hoje sou.

Quero viajar para longe daqui.

Eu preciso de novas experiências e desafios diariamente.

Não gosto de ver pessoas a dormir na rua. Faz-me muita aflição. E vim imensas pelo Porto :(

Uma rapariga complicada

   Sempre fui uma rapariga complicada e cheia de dilemas. Não sei tal se deve em parte ao facto de eu ser Balança ou se sou mesmo uma pessoa extremamente complicada. Com facilidade escolho a roupa que quero usar no dia seguinte ou até o sabor do meu gelado. Mas quando se trata de tomar decisões mais difíceis, a coisa fica pior do que desenvencilhar uns auriculares que estiveram a nadar uma semana dentro da mala. Entre o ir ou não ir, como ir, para onde ir, o que fazer e o que não fazer, falar ou calar-me para sempre, gasto por vezes todas as calorias do dia, de tanta a combustão realizada pelo meu cérebro. Pior do que ser dona de mil e um dilemas, é ter a certeza de algo durantes meses e meses a fio, e vacilar quando a altura chega.

   Tenho um email para mandar até ao final do mês. Um email importante, uma coisa em grande, que pode mudar a minha vida. E há muito muito tempo que penso neste email diariamente sem a mínima dúvida de que será enviado. Até ao início deste mês, momento a partir do qual, já por variadíssimas vezes, me questionei se é mesmo isto que eu quero, se me sinto preparada para as adversidades que aí vêm, para abdicar de muita coisa, para seguir em frente.

   Sei que se falhar este prazo, muita coisa se vai desmoronar cá dentro, e é por isso que faço os possíveis para afastar todas estas dúvidas e para manter o plano. Custe o que custar.

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