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Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Mais um Dia

   Acordar às 7h para estar nas aulas às 8h. Sair da faculdade às 19h, tomar banho, dar banho à cadela, ver o resto do jogo do Sporting, jantar, ir passear as cadelas, ver The Walking Dead e, à meia noite, regressar à faculdade para fazer turno no hospital até às 8h da manhã. It's just another (tiring) day.

Memórias de Viagem #1

   Inicia-se hoje aqui no blog uma nova crónica domingueira, até ao final do ano, sobre algumas das minhas peripécias em viagem. Histórias insólitas, sustos, coincidências inacreditáveis, momentos divertidos, contos que o destino tinha para escrever na minha vida.

 

   Chego à estação rodoviária de Bagan, Myanmar, passa das 23h. Está escuro, a estação fica longe da cidade, não sei onde estou nem em que direcção seguir. Vários tipos com motas e carros esperam logo à porta do autocarro por potenciais clientes. Sou a única estangeira. Uns rapazes interpelam-me. Perguntam-me para onde quero ir, e quando digo o nome do hostel, afirmam que fica muito longe, que me levam a outro mais perto. Concordo. Estúpida, estúpida, estúpida. Acabei de cair na primeira armadilha. Entramos numa daquelas carrinhas que tem dois bancos compridos de madeira na lateral e partimos, sem que eu me lembre de acordar um preço pela viagem. Estúpida, estúpida, estúpida. Lá vou eu ser extorquida. A meio da viagem apercebo-me de que vou numa carrinha com quatro homens completamente desconhecidos, sabe-se lá para onde, e tomo consciência de que fui imprudente. Podiam ter feito o que quisessem comigo. Chegamos ao hostel por eles indicado passados uns vinte ou trinta minutos. Cobram-me dez euros pela viagem. DEZ EUROS! Num país onde uma viagem de autocarro de dez horas custa quase metade... Pelo menos o quarto não é caro, mas claro que eles recebem uma comissão. Na recepção, ficam-me com o passaporte.

   Na manhã seguinte, só quero fugir daquela espelunca. Arrumo a tralha e faço-me à estrada. Um senhor com uma carroça leva-me até ao hostel onde era suposto eu ter passado a noite. A meio do percurso, ponho-me a gritar "SHIT, I FORGOT MY PASSPORT!!!". Perder o passaporte no Myanmar é qualquer coisa de muito mau. Não há embaixada portuguesa lá, e sem o documento, não posso abandonar o país. Entrei em pânico, estive quase para saltar da carroça e ir a correr o caminho todo de regresso ao primeiro hostel. Deixar o passaporte para trás é a coisa mais assustadora que pode acontecer a um viajante. 

   O senhor da carroça lá me acalmou e disse que eu podia alugar uma moto quando chegasse ao destino e resgatar o passaporte. Assim que fiz check-in no hostel (muito mais acolhedor do que o primeiro), saí em busca de uma motorizada, que não foi difícil de encontrar. O passaporte ainda lá estava. A senhora da recepção, ao aperceber-se de que eu o deixara lá, ainda tentou ir atrás de mim, mas eu estava com tanta pressa para regressar à planificação inicial que já havia desaparecido. Apeteceu-me abraçá-la. Nunca mais me separei do passaporte até aterrar em Lisboa.

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Considerações sobre Almoços de Família

1. Duas pessoas casam-se e, de repente, quatro gerações depois, somos cinquenta. Incrível e ao mesmo tempo assustador.

2. Há pessoas pelas quais eu passaria na rua sem sequer as reconhecer. Com almoços sensivelmente de dois em dois anos, não é de admirar.

3. A cada ano que passa, há mais um ou dois putos. Já nem sei os nomes deles, nem a que pais pertencem. Só consigo identificar aqueles que vão dos 12/13 anos para a frente. Os mais novos parecem-me todos iguais (não fossem eles familiares).

4. Levam uma Beagle gordíssima. A veterinária lá do sítio (moi) diz que ela precisa de fazer dieta e toda a gente consente. Passado meia hora estão a gritar a alguém para ir dar os restos de carne à cadela e a outro cão que também lá estava.

5. Continuo um bicho do mato que só abre a boca quando lhe fazem uma pergunta. Mas é bom saber que irmão e primos direitos também funcionam mais ou menos no mesmo estilo. Deve ter sido uma malformação genética que atingiu esta geração.

6. O cheesecake estava de comer e chorar por mais.

Fui Eu Quem Pediu o Frio

   As camisolas quentinhas, as bochechas frias ao chegar a casa, os cachecóis ao vento, as folhas das árvores a cair, a brisa do mar que chega mais longe, o sol do meio dia que aquece as costas, as luvas desajeitadas, os três cobertores na cama, os domingos passados no sofá, debaixo de uma manta, com uma chávena escaldante de chá ou chocolate quente a acompanhar um bom filme (ou mesmo o estudo), as botas com pêlo por dentro, os casaquinhos tricotados das cadelas, a lareira a fazer companhia pela noite dentro, as corridas para aquecer ao final do dia, o espírito natalício...sim, definitivamente, fui eu quem pediu o frio!

Bandas Sonoras

   Sou apaixonada por bandas sonoras, sejam elas de filmes ou de séries. O meu ouvido está sempre atento quando vejo um episódio, e sempre que capto uma música da qual gosto, lá vou eu recorrer ao Google para me dizer qual o título e por quem é cantada (ou tocada). Graças a este método, encontrei a minha música mais-favorita-que-todas em Bones, When You Say Nothing at All, do Ronan Keating, e outras como Be Still e How To Save a Life em Grey's, Girls Just Wanna Have Fun, Some of Us e Put the Lime in the Coconut também em Bones, e outras que agora não me vêm à mente.

   Em relação aos filmes, sou apaixonada pela banda sonora do Titanic (eu sei, eu sei), Lord of the Rings, Sweeney Todd, Mamma Mia, Piratas das Caraíbas, Avatar, etc.

Meditando

   Há já uns dias que tenho andado em reflexão sobre o que se está a passar no mundo e sobre o sentido disto tudo mas não cheguei a conclusão nenhuma. Já Alberto Caeiro dizia e muito bem:

"Creio no Mundo como num malmequer,

Porque o vejo. Mas não penso nele

Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele

(Pensar é estar doente dos olhos)

Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…"

  O melhor mesmo é não pensar no que está para vir e aproveitar o dia como se fosse o último. Em todo o caso, acredito que o Bem existe na maioria das pessoas, e que, enquanto ele existir, o Mal não vencerá. Cada vez me sinto mais ligada ao Budismo, por ser uma religião que sempre primou pela paz, pela tranquilidade, pelo respeito para com os outros (animais humanos e não humanos). Hoje medito sobre palavras erradas que proferi, acções insensatas que tomei e sentimentos menos dignos que vivenciei para que amanhã não se voltem a repetir e possa pelo menos tentar ser melhor do que fui. Não entendi o sentido da vida, nem o porquê de nos matarmos uns aos outros diariamente, muito menos decidi tentar perceber os motivos. Mas não faz mal. Posso não conseguir mudar o mundo, mas certamente que dou uma reviravolta no meu.

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E vão três!

   Gostava mesmo de ter estado ontem no estádio para ver este grande jogo ao vivo! Apesar de não ser propriamente a pessoa mais otimista de sempre e de tratar de não ficar com muitas esperanças antes do tempo, já acredito que este ano é tudo nosso! 

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I'm going to USA!!

   Sabem que eu não sou muito de andar a espalhar aos quatro ventos aquilo que vou fazer no futuro, até porque quando normalmente abro a boca, a coisa corre mal. A culpa não foi minha, o professor perguntou na aula quem é que ia para fora e para onde, e eu não pude não responder ou deixar de dizer a verdade. Portanto, uma parte dos meus colegas já sabe. Como também já contei à família, penso que já é hora de revelar aqui no blog as novidades que há um mês recebi da Universidade do Tennessee. Aceitaram-me para um estágio de três meses no hospital da faculdade.

   A 22 de Outubro do próximo ano, depois de fazer uma mega festa de aniversário/despedida, lá vou eu para os States, primeiro para passear, depois para estudar, e de novo para conhecer o país. Quatro meses (e meio, se o dinheiro o permitir). Halloween, Thanksgiving, Natal, passagem de ano, final da Super bowl. Haveria melhor altura para ir? Claro que não! New York, Washington, Florida, Grand Canyon, Yellowstone, Las Vegas, Yosemite, San Francisco e Los Angeles são alguns dos locais que estão na lista. É desta que me aventuro a escrever um livro de viagens.

   É claro que já ando super entusiasmada com a ideia de conhecer o país do "sonho americano" e de lá viver durante uns mesitos numa cidade que aparenta ser extremamente pacata e bonita. Ainda assim, a burocracia dá-me cabo dos nervos. Ele é vistos, cartas de recomendação, provas de que o meu inglês está a um nível adequado, vacinas contra a raiva, etc, etc. Tenho andado a adiar mas há coisas da lista que é melhor começar já a tratar, pois quanto mais cedo melhor. Como diz uma amiga minha "há de correr tudo bem".

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