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Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

O Melhor de 2015

   Visto que vou passar estes últimos dias do ano à terrinha, onde não vou ter internet para actualizar o blog, penso que está na altura de passar em revista os melhores momentos de 2015, já que são esses que ficam para sempre na memória. Se tivesse de escolher um instante de felicidade extrema deste ano, indicaria sem dúvida alguma aquele último penalti falhado pelo Braga na final da Taça de Portugal. Fiquei tão histérica que tenho vergonha de ver o vídeo que filmei a captar o momento nos ecrãs gigantes do estádio de Alvalade.

   Dias excelentes foram muitos. A saída de campo a Alter do Chão, as aulas com as burras, as tardes de praia com a vizinha, as férias na Madeira, o concerto da Jessie J, o Nos Alive, o prémio de mérito, as aulas de fisioterapia na Arrábida...tudo inesquecível. Mas o que revolucionou a minha vida este ano foi sem dúvida a corrida. Pelo convívio, pelas pessoas que conheci, pela auto-estima que me deu, pela felicidade de terminar cada prova, pela emoção de melhorar o meu tempo de uma forma regular, por hoje ser uma pessoa mais saudável, mais motivada e mais alegre do que era há um ano atrás.

   Não foi um ano maravilhoso, teve altos e baixos, como é normal, e já tive anos melhores. Mas foi bastante bom, sinto que cresci emocionalmente, algo que não sentia há já uns anos. Sei que 2016 vai ser um ano de grandes mudanças, de grandes desafios, vai ser o ano que encerra o ciclo de "estudante universitária", apesar de oficialmente só terminar o curso em 2017. Acredito que vai ser melhor do que este que agora se aproxima do fim, para mim, e para todos. Pelo menos assim o desejo!

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 O momento de maior euforia do ano - final da Taça de Portugal!

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 Corrida das Fogueiras - a melhor; pelo ambiente, pela amizade, pela beleza de Peniche.

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 Alter do Chão - Um dia em cheio!

 

E agora...saldos!

   Depois de um óptimo Natal passado na companhia da família, é tempo de pensar na temporada de saldos que acaba de chegar às lojas. Pessoalmente, não costumo ficar maluca com os preços reduzidos das coisas nem correr para o shopping no dia 26 de Dezembro logo pelas dez da manhã. Mas este ano teve de ser.

   Andei à procura de um pijama bem quente (daqueles polares) para viajar comigo no próximo ano até aos Estados Unidos e apaixonei-me pelos da Oysho. Quando lhes vi o preço, deu-me uma arritmia. É quase o que eu ganho com dois meses de mesada. Decidi esperar até à época de saldos para ver no que dava.

   Hoje entrei na Oysho do Colombo pouco passava das 10h da manhã, já a prever a enorme afluência às lojas do período pós-natalício. Saldos? Nada. Descontos? Nem vê-los. Promoções? Nem por isso...

   Felizmente, a Natura também tem uns pijamas polares parecidíssimos com aquele que eu queria (parece que só muda a cor) e já está com uns belos saldos. Nem pensei duas vezes. Habemus pijama. Agora só falta o gorro, que o resto já tenho cá por casa.

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Um Próspero Natal a Todos

   Hoje venho só desejar um excelente natal a toda a comunidade do Sapo. Que aproveitem bem estes dias na companhia da família e dos amigos, que tenham muitas prendinhas (nem que sejam beijinhos e abraços bons) e que saiam da mesa a rebolar que nem porquinhos de engorda - os ténis ficam à nossa espera!

   Beijinhos da Rita.

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É Coisa de Loucos

   Com o stress do dia a dia, vou deixando de lado estes pensamentos como quem esmigalha uma pulga após ter sentido uma picada. É só quando tenho mais tempo para reflectir (e é por isso que eu não gosto de não ter muito para manter a mente ocupada, penso demasiado) que chego à conclusão de que me falta algo. Falta-me um sorriso rasgado, um olho brilhante, falta-me o palpitar do coração e um abraço apertado. Falta-me a esperança de um futuro ao lado de alguém. Faltam-me os sonhos, como peças do puzzle que se foram perdendo com o tempo. Estou seca de lágrimas, gelada por dentro, vazia junto ao peito. O desalento acompanha os meus dias. As folhas caem, chega o frio, regressam as flores e o tempo da praia e, olhando para trás e lançando uma espreitadela ao futuro, parece que caí num buraco negro que não tem fim. Não há dias diferentes, não há surpresas nas horas, só a solidão do relógio, que vai enchendo o ar com os seus tics e os seus tacs incessantes. Perdi a esperança, foi isso. Deixei-me levar pelas vozes que interiormente me dizem que seremos só nós, para sempre. Confiei nelas e deixei de acreditar no amor. É coisa de loucos, de insensatos. E no entanto, gostaria tanto de ser maluquinha até ao fim dos meus dias!

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Férias? Quais férias?

   Já é o 5º ano que passo o Natal como estudante universitária e já estou habituada. Cinco trabalhos para entregar na primeira semana de Janeiro, sete frequências até dia 14, uma apresentação oral. No dia 25 de manhã hei-de estar à frente do computador a terminar o artigo de oncologia. E com sorte, à meia noite do dia 31, estou enterrada até ao pescoço por apontamentos de clínica de animais de companhia e equinos. Vá vá, pelo meio há tempo de comer uns sonhos, correr uns quilómetros e passar umas horinhas com a família. A vida não pode ser só queimar neurónios!

Memórias de Viagem #3

   Comboio nocturno de Praga para Varsóvia. A Patrícia e eu entramos no compartimento que nos era destinado e sentamo-nos nos nossos lugares. Não escolhemos um com cama porque ficava mais caro. Já lá está um homem dentro do compartimento. Passados uns minutos, o homem finge que está a dormir e deixa-se "escorregar" pelo banco abaixo, até as mãos deles tocarem nos nossos pés. Afastamo-lo, um bocado desconfiadas. Ele finge que acorda estremunhado e pede desculpa. Passado pouco tempo, a história repete-se. O tipo não vai mais longe, só quer mesmo é tocar-nos nos pés e finge adormecer para o fazer. Ridículo. Rimos com a situação mas estamos preocupadas. Gritamos com o homem uma e outra vez mas ele faz-se de parvo. Claramente tem um fetiche por pés, algo que eu só tinha visto em séries (Sexo e a Cidadeee).

   Chamamos a senhora dos bilhetes para nos mudarmos de lugar. Não fala quase nada de inglês, não entende o que lhe dizemos. Refere que não há lugares vagos, que está tudo reservado. Enquanto a Patrícia fala com a senhora, eu decido pisar os pés do tipo, para lhe pagar na mesma moeda. E não é que ele gosta? Tanto que nem se mexe, no seu "sono profundo". Passamos uma noite horrível, sozinhas com o homem naquele compartimento. Mesmo com os pés para cima dos bancos, ele estica o bracinho e continua a fingir que dorme (estar a escrever isto agora e a relembrar é tão cómico!). Pelas cinco da manhã entra outra rapariga que ele não chateia. Uma vez, berrei tão alto ao homem que ela até deu um salto do assento, sem perceber o que se passava. Quando o sol nasceu, a carruagem ficou cheia de outros homens, e aí deixámos de ser importunadas.

   Escusado será dizer que andámos pelas ruas de Varsóvia tipo zombies e na noite seguinte, a caminho de Amesterdão, pedimos um compartimento com camas e dormimos a viagem toda. Há pessoas muuuuito estranhas neste mundo!

1973.JPGPraça do Mercado da Cidade Velha de Varsóvia

 

Tag: Ouve esta Música

Hoje é dia de desafio aqui no blog, lançado pela C.*. Adorei! :D

 

Os passos são:

1 - Indica quem criou a tag

Foi o Andy Bloig (não faço ideia, mas vou copiar :P)

 

2 - Indica quem te nomeou

Foi a C.*

 

3 - Colocar a imagem de marca

Não tenho mas pode ser um elefante fofinho, se quiserem imaginar.

 

 4 - Responde às seguintes perguntas:

 

  1. Qual é a música que descreve melhor o teu estado de espírito? Porquê?

Bolas pah! Apanharam-me aqui no espírito natalício, e a música da quadra que mais tenho ouvido é...tan tan tan!

 

  1. Preferes pop ou rock?

Oiço os dois género de música mas sou mais para o pop.

 

  1. Que música te faz lembrar o amor?

Esta, definitivamente.

 

  1. Que música te faz dançar?

Há muitas, mas ultimamente...

 

  1. Responder às perguntas de quem te nomeou

5.1 Uma música para banda sonora da tua vida e porquê

 

A música da minha vida é a "When You Say Nothing at All" do Ronan Keating. Porque sou uma romântica incurável (e forever alone também) e porque esta música diz tudo aquilo que para mim a palavra "Amor" representa.

Outra que também representa um pouco a minha vida é a "Hall of Fame" dos The Script, porque quando nos esforçamos diaramente, quando lutamos pelos nossos sonhos, conseguimos alcançar todos os objectivos a que nos propomos.

 

5.2 Uma música para ouvir no trânsito

Ando viciada nesta, sou capaz de a ouvir bem alto no meio do trânsito. Identifico-me com o raio da música.

 

Esta Noite

   Esta noite vou desejar-te como nunca desejei ninguém. Vou querer sentir os teus músculos passarem rígidos pelas palmas das minhas mãos, vou exigir a atenção dos teus lábios só para os meus, vou querer contabilizar todas as gotas de suor que se formem no teu corpo, vou contar os suspiros de amor que exalas por mim, vou-me arrepiar quando a tua barba roçar no meu pescoço, vou desejar perder-me nessa paixão que tens no olhar, vou pedir que sussurres o meu nome ao meu ouvido, baixinho, como tão bem sabes fazer, vou pretender sentir o teu cheiro quando enterrar o nariz nos teus cabelos, vou apreciar todos os teus gestos e carícias, vou querer sentir o teu coração a palpitar por mim, vou exigir que me roubes todo o oxigénio que possuo nos pulmões, vou desejar sentir o teu hálito quente e ofegante na minha pele nua, vou querer decorar o mapa do teu corpo, vou fazer por que me desejes como nunca desejaste ninguém.

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Ele e Ela

   Ele deu-lhe o número de telemóvel sem ela pedir nada. Claro que a expectativa foi elevada ao expoente. Na cabeça dela, quase que podiam casar já na semana seguinte. Ela ligou-lhe, precisavam de conversar. E assim ele também podia guardar o seu número. Encontraram-se, ele muito atarefado, ela sempre um passo atrás dele. Fez-lhe uma pergunta importante, ele recusou. Disse não ser a pessoa indicada, não se quis comprometer. Ela compreendeu. Indagou outras coisas, pararam ao sol. Ela deixou-o falar, e enquanto o fazia, observava também a forma com que ele roía a pêra com apetite. Admirou-se de ele comer caroços e tudo mas não teceu nenhum comentário sobre isso. Observou os contornos do seu rosto, a forma como o seu pullover azul marinho lhe assentava tão bem, devorou-lhe os gestos e fixou o olhar no homem por quem há tanto tempo suspirava.

   Espreitou para a janela que havia atrás dele, para ver se estava arranjada. Teve sorte, apesar da noite mal dormida, a sua figura parecia-lhe atraente e sentia-se confiante naquela saia bonita. Mas ele parecia distraído, distante. Fazia por vezes pausas para pensar um pouco desconfortáveis. Ela agitada, esforçava-se por parecer tranquila. Era qualquer coisa que ela fazia bem desde pequena. Cruza a perna, mexe no telemóvel discretamente, coloca um braço de encontro ao corpo. Ouviu-o atentamente, mas na verdade não o escutou (só mais tarde se apercebeu disso). De vez em quando, obrigava-se a desviar o olhar, para não parecer que o desejava com todas as suas forças, para que ele não visse que a única vontade dela era atirar-se ao seu pescoço e beijá-lo com ardor. Mantiveram sempre alguma distância. Para desgosto dela, mal se tocaram.

   Já no fim da conversa, ela observou a trajectória dos olhos dele e não pôde evitar um sorriso triunfal. A saia, ele lançou um olhar à saia, no instante em que ela começava a virar a cabeça para continuarem a caminhar até ao ponto onde cada um seguiria o seu caminho. Só por esse milésimo de segundo, tudo aquilo valera a pena. Antes de se despedirem, ela entrou numa conversa mais ligeira, disse algo na brincadeira e ele riu-se muito. Ficou surpresa, nunca o tinha visto a rir assim. E tinha sido logo ela a conseguir tamanha proeza. Ficou encantada, mais ainda do que já estava, se é isso possível. Quando virou costas, sentiu que tinha ido ao céu e regressava à terra naquele momento.

   Umas horas depois, apercebeu-se de que perdera muitas das palavras dele e arrependeu-se de não ter escutado melhor aquelas palavras sábias. Tomou também consciência de que ele nunca seria dela. Não há forma de ser assim. Ele não quer, ou pelo menos, não o demonstra. O desviar do olhar, as distracções, a falta de contacto físico, a ausência de qualquer sinal de que ambos pretendem a mesma coisa levou-a a tirar essas conclusões. Depois de ter estado no céu, desceu ao inferno para concluir que estar apaixonada é uma merda. Ele e ela não existe. Nunca.

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