O Leo DiCaprio já merecia um Óscar há muito tempo, disso ninguém tem dúvidas. Achei um pouco inglório tê-lo ganho com um filme tão...vazio. Certo que a personagem tem momentos muito intensos e o rapaz esteve muito bem a representar os momentos mais críticos e as cenas onde a dor precisava de transparecer, mas se era para ganhar, devia ter sido no ano passado. Adorei o discurso. Como produtor executivo do Cowspiracy e um vegetariano assumido, não poderia ter escolhido melhor tema. Poderia no entanto ter sido mais explícito. O comum dos mortais ficou a pensar que com a protecção do ambiente ele se referia a poupar folhas de papel para salvar a Amazónia ou a lavar os dentes com a torneira fechada. Leo, da próxima vez que estiveres aí em cima, não hesites em dizer aquilo que queres, "stop eating animals, people, go vegan!".
Decorreu este fim-de-semana em Cascais, mais uma edição do Mercado de Chocolate, com programa para todas as idades e chocolates para todos os gostos. Animação não faltou, com ateliers para crianças, demonstrações de vários chefs pasteleiros e música ao vivo. Mas o que na verdade leva milhares de pessoas todos os anos ao Mercado da Vila são os doces que por lá se vendem. Negro, de leite, com amêndoas, de iogurte, manteiga de amendoim, com ou sem pepitas, de azeite, framboesa, avelã, em formato de pão de ló, dentro de bolas de berlim, sob a forma de brownies ou até mesmo como cobertura para uma deliciosa espetada de fruta, o que não falta é chocolate.
Talvez devido à chuva, este ano a afluência de barraquinhas era menor e estas concentravam-se em duas tendas onde o aroma que pairava fazia crescer água na boca. Uma voltinha rápida, duas tabletes de chocolate debaixo do braço e toca a voltar para o quentinho!
É difícil eleger cinco preferidos entre as dezenas de filmes infantis que vi, não só quando era criança mas também durante a minha vida adulta porque há poucos que tenha visto dos quais não tenha gostado. Mas vamos tentar.
1. Dumbo. Era dos meus filmes preferidos em criança - afinal estou a perceber agora que sempre gostei de elefantes! Aquela cena em que a mãe do Dumbo está enjaulada e o piqueno se encontra do lado de fora partia-me o coração. As lágrimas deles eram as minhas. E quando ele tinha de saltar da torre em chamas? Eu entrava em pânico mesmo sabendo que tudo acabaria bem.
2. Nemo. Vi este filme com doze ou treze anos e desde então já o revi umas quantas vezes. Na minha opinião, são as personagens que fazem deste filme infantil algo de incrível. Quem não se recorda da Dori a falar "baleiês"? E dos peixinhos do aquário, da miúda do aparelho, da tartaruga? Vou só ali ver o filme outra vez e já continuamos.
3. A Dama e o Vagabundo. Tenho de explicar o porquê desta escolha óbvia? Não? Óptimo.
4. Peter Pan. Em miúda adorava. Hoje entendo toda a simbologia em torno do "nunca envelhecer" e adoro ainda mais. É um filme com personagens espectaculares e uma história sempre actual.
5. Os Aristogatos. Também não preciso de explicar dado a minha área profissional, pois não? Se bem que este lugar podia muito bem pertencer a Toy Story, Pinóquio, Bambi, Aladdin, a Bela e o Monstro, o Corcunda de Notre Dame, Up! Altamente, Inside Out...enfim, são tantos que eu podia ficar aqui duas horas a pensar em todos os filmes infantis que me fizeram rir, sonhar e passar bons momentos ao longo de anos e anos.
Nasce hoje uma nova crónica semanal, uma espécie de "throwback" que não envolve fotografias mas sim pequenos textos sobre boas memórias de infância. Espero que gostem :)
Lembras-te das festas de aniversário no Animax? Eram as minhas preferidas! Ali tão perto do zoo que quase dava para imaginar os leões do outro lado do muro. Confesso que a minha atracção preferida era o safari. Entrávamos num jipe que seguia atrás de outro em fila indiana e lá íamos pelo meio da savana, cruzando elefantes, girafas e gorilas pelo caminho. Também gostava dos barquinhos que podíamos conduzir a partir de terra firme. Faziam-me lembrar o Stuart Little! E os caldeirões giratórios? Não me cansava deles! O helicóptero era a montanha russa lá do sítio. Andava às voltas, para a frente e para trás, mais depressa ou mais devagar, e às vezes caía de repente, provocando aquela sensação estranha na barriga de quem perdeu o chão. O que nós gritávamos lá dentro... Recordo-me ainda de uma espécie de labirinto, no qual havia uma piscina de bolas. O local de eleição para jogar às escondidas ou à apanhada. O eterno carrossel, o lago com os barcos de pedalar, só memórias inesquecíveis. Que saudades do Animax, das festas de aniversário despreocupadas, das tardes intermináveis de diversão, de ser criança alegre! Lembras-te?
Às duas da manhã, a minha consciência decidiu que tinha algumas coisas para me dizer - neste caso, gritar.
Deixa-me dizer-te que és uma burra por viveres assim, uma idiota por achares que ele alguma vez vai olhar para ti de forma diferente, uma sonhadora por acreditares que alguma vez (e repito ALGUMA VEZ) poderias ter algo com ele. Acreditas mesmo que essas lágrimas que te molham a almofada vão mudar alguma coisa? Estúpida! Julgas que pensar nele a toda a hora e deixá-lo entrar assim livremente nos teus sonhos, como se fosse alguma sessão de cinema, vai adiantar algo na tua felicidade? Ingénua. Crês que alguma vez serão mais do que amigos? Pobre alma sofredora, és burra todos os dias. Ainda mais quando fazes coisas a pensar nele e o tipo nem repara. Afinal, andas a viver para quem? Sabes quantas mulheres ele já teve na cama enquanto tu escrevinhas poemas nesse caderno saturado? Muitas, certamente. Mas tu és parva, e continuas a desperdiçar cada minuto livre dos teus dias com ele. Bem, pelo menos dentro da tua cabeça. Tens noção de que nunca vai passar de uma ilusão, certo? De um amor platónico? Não tens, porque és burra, e os burros não pensam. Amiga, estou farta das tuas fantasias, dos teus sonhos improváveis, dos teus futuros irreais. És uma trouxa. Bem que se podem ir lixar os dois, tu, e o amor que sentes por ele.
São 18 minutos mas penso que vale a pena ver o vídeo até ao fim. Este homem viajou durante quase três anos à volta do mundo e gastou, em média 7£ por dia. Ora vejam como ele consegue ;)
Lembras-te de quando eu comprava chocolate para comer no cinema? E depois vinhas tu e mo roubavas da boca? Quão doces eram os nossos beijos e quão jovens as nossas almas? Bolas, agora deu-me para a saudade! Lembrar-te assim, a sorrir para mim, com o teu capacete debaixo do braço, esse casaco de cabedal preto que sempre trazias contigo e as botas velhas que te recusavas a deitar fora. E pensar que só agora tenho a idade que já tu carregavas em ti, na altura em que nos conhecemos. Parece que se passaram décadas, não falando apenas do tempo que nos separa dessa altura mas também de quem eu era, e de quem sou actualmente. Reconhecer-me-ias? Talvez sim, numa primeira instância. Mas certamente que depois serias assaltado pelas dúvidas. A inocência foi substituída pela desconfiança. A determinação pelo medo. A certeza pela dúvida. O sonho pela desilusão. Não sou a mesma pessoa que conheceste, aquela que derretia cubos de chocolate na boca e depois te beijava. Mas não fiques assim, a culpa não é tua. É a vida.
Começou hoje, oficialmente, o último semestre da minha vida universitária (snif snif). Em breve estarei aí atolada de frequências e trabalhos, mas por enquanto fica só a satisfação de regressar às aulas após cinco semanas a procrastinar à frente do computador. Não tenho um horário fácil - com nove cadeiras para fazer, quem tem? - mas as aulas que vamos tendo no hospital e no campo aligeiram sempre a coisa e tenho a certeza de que vai ser mais um semestre espectacular, cheio de bons momentos para mais tarde recordar, e que irá passar a correr.
Fica sempre aquela nostalgia de ser o último, aquele aperto no peito de saber que para o ano não nos voltamos a reunir todos outra vez, o medo do que o futuro nos reserva. Mas no fundo, há sempre um último ano, um último dia, um último verão, um último adeus, uma última viagem, um último suspiro, e não vale a pena pensar muito nisso enquanto houver aventuras por viver e histórias por contar. Que venha o 10º semestre, o derradeiro!
1. Sempre quis aprender a dançar. Se tivesse mais dinheiro disponível para fazer algumas actividades, de certeza que a primeira coisa em que pensava era em inscrever-me numa escola de dança! Não propriamente para aprender danças de salão ou ballet ou sapateado mas para saber dançar "à lá Beyoncé", isto é, para aprender coreografias daquelas que se fazem nos videoclips de música.
2. Sempre tive medo de aranhas. Não há volta a dar, são seres horripilantes que me assustam. Quanto maiores e mais peludas, pior. Nem mesmo aquelas de perna longa são minhas amigas, corro tudo à sapatada.
3. Sempre fui sócia do Sporting...desde que me lembro! Hehehe. E entretanto já lá vão vinte anos.
4. Sempre gostei de escrever. Aos oito anos, uma amiga e eu criamos cada uma um pequeno livrinho com páginas em branco, as quais preenchemos posteriormente com histórias que íamos inventando. Eu ainda guardo preciosamente o meu, com os seus erros de ferir o olhar a qualquer bom amante de Português e os seus desenhos espectaculares (sempre fui um génio do desenho, eu). Na altura até me lembro que a professora o viu em cima da minha mesa e ficou encantada com aquilo ahahah.
5. Sempre fui bicho do mato. Quando entrei aos três anos para a escola, os professores faziam-me perguntas e eu não respondia. Aos quatro, respondi com uma palavra à frente da turma e todos bateram palmas, nunca me vou esquecer. Desde essa altura que melhorei bastante. Mas às vezes ainda é difícil arrancarem-me palavras da boca, especialmente quando não conheço ninguém.