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Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

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Dia Mundial da Poesia

   Às vezes uma pessoa tem de se perder para ser encontrada e foi o que aconteceu hoje. Tinha um compromisso na Baixa e como não me apetecia regressar a casa, fingi ser turista na minha própria cidade. Soube-me pela vida! Ouvir o Tejo sussurrar ao meu ouvido na Ribeira das Naus, ver o Cristo Rei de braços abertos para os raios de sol que surgiram depois da tempestade, passear pela Rua Augusta debaixo da chuva, espreitar as barraquinhas de venda no Rossio e acima de tudo, organizar as ideias dentro da minha cabeça.

   Uma vez que hoje se celebra o dia mundial da poesia, deixo-vos um pequeno poema que escrevi em homenagem a esta encantadora cidade que me viu nascer e crescer. Não está nada de jeito, foi o que me veio à mente.

 

Lisboa ao alto, Tejo à vista:

Nos contornos das colinas

Eu absorvo as tuas curvas

Ó cidade, amante, encanto

Tanta saudade!

E ainda nem parti.

Por entre as gotas da chuva

Canta uma viola, chorosa.

Crepitam as castanhas

(quentes e boas se desejam)

Misturam-se fumo e sombra

Sob o arco da Rua Augusta.

Espreita ao longe o castelo

A ver quem chega, quem parte

Quem não regressa nunca.

E a calçada não esquece.

Ó Lisboa, hoje és só minha

Promete-me que esperas

Neste compasso que arrefece.

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 Tirada por mim esta tarde.

 

52 Semanas: Semana 11 - Os meus brinquedos favoritos na infância eram...

  Não posso dizer que tenha tido um brinquedo preferido durante toda a minha infância. Tive etapas em que gostava mais de umas coisas e outras em que preferia outras. Posto isto, vamos lá fazer um top 5 sendo que os primeiros lugares pertencem aos bonecos que me acompanharam nos primeiros anos de vida.

1. A boneca que era maior do que eu. Mesmo. Tive uma boneca que durante uns anos, era maior do que eu! Tanto que eu tinha medo dela. Tinha cabelo comprido laranja e sardas. A certa altura deu-me na cabeça e cortei-lhe o cabelo. Ficou pelos ombros, era mais fácil para pentear!

2. Peluches de todos os feitios e mais alguns. Cá em casa organizavam-se festas com os peluches todos. Punha-se música, arranjava-se uma mesa com batatas fritas e cereais e era comer até cair para o lado.

3. A minha boneca da Chicco. Se tivesse de escolher um brinquedo preferido, talvez escolhesse este. Durante anos tratei este nenuco como se fosse um bebé real e ainda hoje olho para ele com carinho. É uma boneca de olhos azuis, que abre e fecha as pálpebras e que tem um babygrow rosa mesmo fofinho. Tive uma cama para ela, uma daquelas cadeiras de bebé para colocar à mesa, um carrinho de passeio (ou vários), roupas, conjuntos de refeição e sei lá mais o quê. Era a Mariana.

4. A casa das mascotes. Penso que era uma casinha para bonecas mas eu gostava mesmo era de meter cães lá dentro (daqueles que saíam com o Happy Meal do McDonalds).

5. O Gordon. Se pudesse eleger um segundo preferido, seria este cão de peluche que dormiu na minha cama anos a fio. Todas as noites eu dizia ao Gordon que, caso algum dia tivesse um cão a sério, ele continuaria a ser especial. Um dia até lhe coloquei uma pulseira da amizade numa das patas. Quando tive o meu primeiro desgosto amoroso, foi com ele que partilhei as minhas lágrimas.

Lembras-te? #4

   Lembras-te das manhãs de sábado em meados de Maio passadas na praia do Tamariz? Ainda não estava calor suficiente para tomar banho mas dava perfeitamente para molhar os pés, quem sabe arriscar que uma onda nos salpicasse até aos joelhos. Éramos só nós e as gaivotas e eu usava um chapéu de ganga enquanto caminhava por entre as rochas, à procura de uma poça onde pudesse ter ficado um peixe encurralado ou um caranguejo escondido. O sol já batia com força e cheirava a Verão. Manhãs suaves e livres de qualquer preocupação a não ser aqueles grãos de areia que incomodavam no sapato até chegarmos a casa é como eu me recordo. Lembras-te?

Um Dia Memorável

   Lembram-se de no ano passado eu dizer que era a última? Pois bem, este ano lá recebi outra Bolsa de Mérito, sem estar à espera. No dia em que recebi o email, chorei baba e ranho de felicidade porque achava mesmo que este ano a bolsa ia parar a outra pessoa. Afinal parece que as médias baixaram de uma forma geral e eu continuo no top 6 dos melhores alunos de veterinária. Não há sensação melhor do que ver o nosso esforço reconhecido e a nossa dedicação dar frutos. Ah esperem, se calhar receber metade da propina anual de volta sabe ainda melhor!!

   Se este Dia do Pai já estava a ser o melhor de sempre, com almoço de família e cerimónia de entrega da bolsa de mérito na faculdade, ainda ficou melhor com uma goleada do grande Sporting ao vivo e a cores. Ambiente espectacular, excelente primeira parte e no final um agradecimento especial à Juve Leo pelos seus 40 anos. Da minha parte, não podia ter pedido melhor e julgo que o meu pai também não :)

   E amanhã há a Meia Maratona de Lisboa, é sempre a andar!

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Só nós!

   Ponho um "like" numa publicação tua e no segundo em que tiro os olhos do telemóvel, vejo-te da janela, lá em baixo. Vais a andar e de repente abrandas...a olhar para o telemóvel! Aposto a minha alma em como estavas a receber a minha notificação .

Odiar-te Mais um Dia

   Gosto de escrever nas longas viagens de autocarro a que o nosso curso obriga. Qualquer dia fico cegueta por causa dos solavancos.

 

   Esta noite não vou chorar por ti. Não tenho forças para o fazer e por isso limito-me à minha apatia, esticada na cama de braços abertos e olhar pousado no vazio. Usei toda a minha energia para te odiar. Não é tarefa fácil, sabes? Não és uma pessoa que se odeie com leviandade. É preciso trabalhar o detalhe, descortinar os teus defeitos, ser capaz de ultrapassar todas as características que me fazem amar-te. É preciso esquecer o teu olhar sempre a sorrir para mim, a forma como a tua voz arranha o meu nome como eu nunca antes o senti, a maneira como me fazes sentir especial, única. Amar-te dá trabalho mas odiar-te é pior porque exige muito mais de mim a nível psicológico. Há que passar por ti e fingir que não te vejo, afastar-me das palavras que saem da tua boca e voam na minha direcção, interpretar os teus gestos quase como se fossem ofensas. Acima de tudo, odiar-te é relembrar todos estes sentimentos que por ti nutro e que tanto mal me fazem e culpar-te, culpar-te muito pelas lágrimas, pela dor, pela angústia, pela raiva. Fazê-lo leva-me todas as forças que possuo. Mas se me garante que esta noite não vou chorar por ti, então odiar-te por mais um dia terá valido a pena.

Podia Escrever-te

   Podia escrever-te uma centena de textos a pedir desculpa, a admitir que sou uma tonta por ter o dom de estragar sempre tudo, a choramingar porque a nossa amizade colapsou no chão mais facilmente do que um castelo de cartas levado pelo vento. Podia recriminar-me por ter cometido o mesmo erro uma vez mais, por não ter aprendido a lição. Em vez disso, penso que nunca pus de lado amizade nenhuma ao saber que a pessoa do outro lado dessa ligação tinha sentimentos mais profundos por mim. Não se deve dar esperança, argumentas tu. E eu concordo. Mas será sensato virar costas e excluir essa pessoa das nossas vidas de um dia para o outro, sem explicação plausível, sem razão aparente, sem motivo válido? Será aceitável tirar-lhe o chão que pisa como quem arranca um penso rápido sem pré-aviso? Deitar no lixo todos os momentos de cumplicidade, as manhãs passadas a dizer disparates por causa do sono, as tardes de gargalhadas, as confidências nocturnas? Clicar no botão “apagar”, como se aquela pessoa nunca tivesse feito parte da nossa vida? De que temos medo, afinal?

   Podia estar para aqui a bater com a cabeça nas paredes, a desejar regressar atrás no tempo, a implorar para voltar a ter a tua amizade de novo. Mas quem agiu mal foste tu. Não eu.

 

Disney Wedding

   Acabei de descobrir que é possível casar na Disney da Flórida ou da Califórnia (preço simbólico, nada que não se consiga poupar em 30 anos de trabalho!). Já tenho músicas, ideias para o vestido e flores e agora local. Marido, onde estás?

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Lembras-te? #3

   Lembras-te do 16 de Março de 2008? Acreditas que vai fazer oito anos dentro de dois dias? Só de pensar nisso faz-me sentir velha. A vida era tão simples nessa altura e só agora me apercebo disso! Era uma questão de escolher que t-shirt preta ficava melhor com as calças escuras, a maquilhagem exageradamente carregada e os All Star todos escrevinhados. Era fazer colecção das fotografias que iam saindo da banda diariamente, até o computador deixar de ter espaço. Era decorar as músicas, entrar em conflito com aqueles que gozavam connosco por causa da nossa devoção, gravar vídeos a cantar, comprar e ler todas as revistas que falavam neles, ter o cuidado de ter as unhas pintadas exactamente iguais às do Bill. Era ficar na fila, horas a fio, dias a fio, acampar ao relento, travar conhecimento com outras raparigas, algumas de muito longe (a francesa, meu deus...), comer porcarias do shopping a toda a hora, lavar o cabelo nos lavatórios do Vasco da Gama, fazer de tudo para aparecer na reportagem da SIC ou da TVI. Era gozar com as pessoas estranhas que encontrávamos na fila, andar no teleférico para passar as horas, escrever a letra das músicas nos braços ou colar tatuagens pelo corpo. Era a devoção, o histerismo, a ansiedade, a sensação de estarmos a viver os melhores momentos das nossas vidas (e não estávamos?). Nesse 16 de Março houve também muita desilusão e tristeza. Lágrimas negras escorreram pelos nossos rostos mas não foram as últimas. Sim, eu sou da geração Tokio Hotel e não tenho vergonha nenhuma de admitir. Eu fui fanática, viciada, histérica, dramática, wanna be emo e tudo o que me queiram chamar durante sensivelmente três anos da minha vida. Mas acima de tudo, meus amigos, fui feliz. Muito feliz.