Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

E Viveram Felizes Para Sempre

   Ele limpou-lhe as lágrimas sem saber que estas escorriam por sua culpa. Estendeu-lhe a mão para a ajudar a levantar-se e apenas acentuou a queda. Ofendeu o homem que lhe borrava a maquilhagem sem suspeitar que se insultava a si próprio. Pediu-lhe para seguir em frente desconhecendo que estava no caminho dela. Confidenciou-lhe que o outro não merecia uma devoção tão grande ignorando que todas as acções que ela tomava eram feitas em prol dele. Passaram-se anos nesta angústia. Um dia, ela ganhou coragem e contou-lhe. E viveram felizes para sempre.

happily-ever-after.jpg

Apenas Mais um Dia

   Regresso a casa vagarosamente já depois do sol se pôr. Quando saí era ainda parca a claridade que se evidenciava nos céus. Caminho de cabeça baixa, com lágrimas nos olhos. Não sei porquê, fui assolada por uma violenta saudade de ti. “Nirvana” toca aos meus ouvidos e relembro aquela noite de Verão em que me cruzei contigo depois de um concerto espectacular do Sam Smith. Desconsolada, suspiro profundamente. Mais um dia sem o conforto do teu sorriso, sem o aconchego das tuas palavras, sem a melodia da tua voz ao meu ouvido. Mais um dia de devaneio, refém de um futuro que nunca chegará, encurralada num turbilhão de utopias que desfilam à frente dos meus olhos como ilusões de óptica. Que fado este, ter a fechadura à frente, a chave no bolso e ainda assim não querer escapar a esta prisão que me retém, poder largar a âncora que me afunda a cada passo e insistir em carregá-la no coração. Enquanto tu e eu existirmos, haverá sempre a vã esperança de que um dia um “nós” possa, não existir, mas antes viver. Para já, é apenas mais um dia que finda sem trazer a fé de um amanhã risonho.

 

52 Semanas: Semana 16 - Isto para mim não é diversão

Ontem esqueci-me do desafio...estou em modo fim-de-semana prolongado portanto o meu Domingo é hoje! 

1. Certos tipos de praxe. Pinturas na cara, cantar, dançar, fazer jogos inocentes com os novos colegas, tudo bem. Agora beber até cair para o lado, ser obrigado a rastejar na lama, jogos de cariz sexual e outros do género, não obrigado.

2. Touradas. Convivo com muita gente que gosta e apoia mas eu sinceramente não consigo compreender como é que fazer mal a um animal indefeso é algum tipo de diversão. E já nem falo dos circos, das pessoas que montam elefantes na Ásia, dos cãezinhos que tocam acordeão e toda a gente acha muita piada.

3. Beber até cair para o lado. Soltar-se um pouco de vez em quando não tem mal nenhum. Mas ficar tão mal ao ponto de se perder a noção do tempo e do espaço (e por vezes de entrar em coma alcóolico) não tem piada nenhuma!!

4. Levar tudo tão a sério que a mínima coisa se torna numa competição. A vida deixa de ter piada se estivermos constantemente a tentar ser melhor que os outros. Devemos sim, ser melhor que nós mesmos, de dia para dia.

5. Programas de televisão à lá TVI. Casa dos Segredos, Love on Top (parece que se fala muito deste actualmente) e outros que tanto. Palhaçada e vergonha alheia, é o que eu acho destes programas.

Lembras-te? #8

   Lembras-te das tardes de sexta-feira passadas no recreio dos mais novos a jogar ao lobo mau? Não tenho memória de tardes mais felizes. Aliás, não tenho memória de ano mais feliz do que o sexto. Passar mais uma tarde na escola não custava nada, nem mesmo quando havia aquele apoio de matemática das 14h às 15h com a Cardoso (que saudades dessa senhora!) que nos obrigava a interromper a brincadeira. 

   De vez em quando, ia um vigilante chatear-nos a cabeça. Estávamos em território alheio, aos gritos, a rir, a correr de um lado para o outro. Abandonávamos o recreio contrariados mas bastava esperar cinco minutos para que pudéssemos retomar o jogo, que consistia em fugir de uma pessoa de olhos fechados que ia tentando apanhar os restantes enquanto estes se passeavam sobre uma ponte de madeira. Das recordações mais especiais que guardo do Liceu Francês.

Dia Mundial do Livro

   Eu não posso entrar numa Bertrand que fico logo deprimida. Mentira. É quando saio de lá sem nada que começa a fase da depressão. Antes de atingir esse patamar ainda passo pelo brilhar dos olhos quando dou de caras com um livro que há muito anseio ler, o bater forte do coração quando a minha mão acaricia a capa com desejo, o encher dos pulmões com o "cheiro a livro novo" de cada vez que folheio as páginas, a dor quando olho para o preço.

   Como hoje é o Dia Mundial do Livro, deixo uma lista com dez exemplares que de certeza não se importavam de vir parar às minhas estantes. Pode ser que alguma alma generosa se lembre de mim!

1. Uma Terra Chamada Liberdade de Ken Follett

2. O Espião Inglês de Daniel Silva

3. Queres Casar Comigo Todos os Dias, Bárbara? de Pedro Chagas Freitas

4. O Grande Gatsby de Scott Fitzgerald

5. Finders Keepers de Stephen King

6. Três Vezes Nós de Laura Barnett

7. Viagem por África de Paul Theroux

8. A Rapariga no Comboio de Paula Hawkins

9. O Último Natal de Guerra de Primo Levi

10. In Sexus Veritas de Pedro Chagas Freitas

Dá Tempo ao Tempo

   Todas as feridas acabar por fechar, por mais profundas que possam ser. No fundo, as maleitas da mente acabam por ser semelhantes às que são infligidas na pele. Começam como um ardor corrosivo, asfixiante, de aspecto nauseabundo e há perda de função. Se a lesão for protegida e cuidada, ao fim de algum tempo surge o chamado tecido de granulação. É uma camada fina de células novas que recobre a ferida. Rosado, húmido e de aspecto frágil, deve ter tratado com cuidado, pois ao mínimo trauma esfolia e volta a deixar a descoberto o insulto primário. Formam-se fibras de colagénio, cada vez mais resistentes que, juntamente com os fibroblastos, vão criar uma cicatriz mais ou menos visível consoante factores como a gravidade da lesão, a presença de infecção ou até a localização da mesma. Podemos tentar escondê-la mas uma cicatriz acaba sempre por se deixar vislumbrar mais cedo ou mais tarde. É uma maleita que faz parte de nós, que está ali porque tivemos um passado, que representa uma história para contar. Não há ferida que permaneça aberta por muito tempo. Não pode, não é compatível com a vida. Dá tempo ao tempo. As feridas vão sarar.

52 Semanas: Semana 15 - O que há de pior no mundo virtual?

1. Ovelhas disfarçadas de lobo. Que é como quem diz, aquelas pessoas que criticam, insultam e dizem mal atrás de um ecrã mas que na vida real não são capazes de dar a cara.

2. O facto de nos roubar tempo precioso. Falando do meu caso, às vezes passo horas em frente ao PC e no fim não sou capaz de dizer o que é que andei a fazer.

3. Informação falsa. Tanta m**** que é dita por aí e partilhada como se fosse conhecimento científico que até mete dó. Ainda há sites que recomendam dar benuron ao gato quando ele está doente. 

4. Publicidade. Blogs com publicidade, sites com publicidade, redes sociais com publicidade...já nem um filme consigo ver sem antes ter de passar pelo processo de fechar vinte janelas de publicidade.

5. A incessante propagação de erros ortográficos dantescos. Quem me conhece sabe que se há coisa que me arrepia são erros ortográficos ao estilo de "fizes-te o trabalho", "assério" ou "amanhã não à aula".

 

PS: se lerem textos na página do "Sabes Muito" que vos soem familiares, sou eu a alargar horizontes ;)

Pág. 1/3