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Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

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Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Grand Canyon e Zion

Hoje escrevo-vos da piscina do Hotel Mirage, em Las Vegas. Depois de mais de três semanas a dormir em sofás de desconhecidos, em hostels e no carro, mereço com certeza estes dois dias de repouso, até porque o cansaço já é muito nesta etapa da viagem. Os últimos dias foram passados a explorar o Grand Canyon, onde fiz alguns trails, andei a ver as vistas graças ao shuttle bus que percorre o parque e estive em comunhão com a natureza. Foi sem dúvida um dos meus parques preferidos, talvez mereça o segundo lugar depois de Canyonlands. No segundo dia fiz um famoso trail "Bright Angel Trail" que começa lá em cima e vai a descer até ao rio num percurso de mais de 20km. Eu fiquei no penúltimo ponto de viragem, acabando por fazer 15 extenuantes kms no total. Ontem passei o dia no Zion National Park antes de rumar a Vegas e posso dizer que também é um parque lindíssimo! Fiz o trail mais famoso, o "Angel's Landing Trail" que é seguramente impróprio para cardíacos e para quem tem medo de alturas (vejam fotos no Google que as minhas não são assim tão esclarecedoras) e outro mais pequeno mas também bonito. À noite ainda dei uma volta pela Cidade do Pecado mas isso fica para outro post ;)

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Canyonlands e Monument Valley

Os últimos dois dias foram fenomenais. O primeiro foi passado no Canyonlands National Park, que fica perto do Arches que tinha visitado no dia anterior e o segundo foi passado em Monument Valley, tornada famosa pelos filmes de John Wayne. Em Canyonlands não havia muito mais a fazer do que observar as vistas e tirar fotografias - e foi mais do que suficiente. Passei horas a contemplar a paisagem, de tão bonita que era. Um sossego imenso, terras desertas a perder de vista, o rio de cor esverdeada a correr ao longe, o sol a contrabalançar com a brisa...qualquer coisa que não se explica.

   Em Monument Valley decidi marcar uma espécie de safari, já que o Navajo Tribal Park quase não possui estradas alcatroadas e mesmo tendo carro próprio para se aventurar, existem locais que estão vedados ao público que não vai em excursão. Uma vez mais se me apresentam à frente aquelas paisagens dignas de filme. O guia explica-nos a história da comunidade Navajo, de que forma se organizam (eles têm mesmo a sua própria independência e um presidente só deles), como vivem, mostra-nos alguns instrumentos típicos das tribos e depois uma rapariga que estava a fazer demonstrações fez-me um penteado típico que eu adorei. No final, ainda vimos o pôr-do-sol a bater naquelas elevações rochosas pintadas de vermelho pelo cobre que possuem e foi um verdadeiro sonho. O guia engraçou imenso comigo, só queria tirar fotos minhas e comentava que por causa do meu tom de pele e do penteado, parecia uma verdadeira Navajo. Engraçado que ainda hoje que ia a passear por Flagstaff ainda com o penteado me perguntaram se eu fazia parte daquela comunidade!

   Hoje andei a passear entre Sedona, onde fiz um trail simpático antes de ficar muito calor, Williams, por onde passa a famosíssima Route 66 e onde passei umas boas horas a apreciar as vistas e a almoçar com calma e Flagstaff, que não tem muito para ver. 

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Dicas para Dormir no Carro

   Para quem tem um orçamento bastante apertado como o meu e não se pode dar ao luxo de andar a gastar trinta dólares ou mais por dia para descansar num hostel/motel/hotel, dormir no carro torna-se uma possibilidade bastate viável, ainda mais quando estamos em zonas remotas em que não há possibilidade de fazer couchsurfing.

   Tendo passado já um total de cinco noites - não seguidas - a dormir no carro e com ainda três pela frente, já adquiri alguma experiência para poder dizer o que se deve, ou não, fazer nestes casos.

   Sabem aquele recanto escuro e vazio na berma da estrada que aparece com regularidade e que parece tão apetecível? Não, não e não! Parar nesses locais desertos e escuros só mesmo em caso de emergência. O melhor é mesmo um local público, onde haja movimento de pessoas e luz (podem sempre tapar os olhos com um casaco ou uma venda). Em alguns estados - como o do Arizona, onde dormi esta noite - não permitem acampamentos nos carros nas suas ruas. No entanto, podem sempre encontrar locais mais discretos fora das cidades onde provavelmente não incomodam ninguém. Mas antenção que a propriedade também não pode ser privada.

   Uma opção muito comum aqui nos Estados Unidos é parar o carro no estacionamento do Walmart, uma super cadeia de supermercados que há uns anos começou a deixar as pessoas dormirem à porta nos seus carros porque de manhã tinham sempre lucro. Entretanto esta situação saiu um pouco fora de controlo e em alguns locais já não permitem este tipo de acampamento. Felizmente aqui em Flagstaff não houve problema nenhum. Quando cheguei ao local às 22h já havia uma boa dezena de autocaravanas (sem contar os carros) paradas nos lugares mais distantes da entrada do supermercado. Estacionei por esses lados e ninguém me incomodou a noite toda.

Uma dica muito importante é tirarem pijamas, mantas, etc, do porta bagagens antes de chegarem ao destino final para não serem muito indiscretos (e também para não verem que têm uma mala cheia de coisas no porta bagagens, como é o meu caso). E se for Outono ou Inverno, tirem roupa, muita roupa. Toalhas de banho de for necessário, mantas, sacos-cama. Aqui no Arizona a temperatura nesta altura do ano ronda os 25 graus diurnos mas de noite cai até aos 0 graus. Imaginem o frio que não passei!

   Dormir no carro nunca é uma opção apetecível mas por vezes é a única que temos. Há que pensar que na noite seguinte ou ainda na outra já vamos ter uma cama ou um sofá ou qualquer coisa melhor.

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 O meu companheiro de aventuras. Já vamos em quase 2500 km desde o dia 19/10.

52 Semanas: Semana 42 - Queres acertar no meu presente? Então dá-me…

1. Livros de viagem. Não há como errar, a menos que seja um que eu já tenha!

2. Dinheiro. Geralmente é sempre o que peço no aniversário e Natal. Assim faço o que quiser com ele - na maioria das vezes guardo para gastar em viagem.

3. Chocolates. Sempre uma opção mais barata. Mas tem de ser de leite, que eu odeio chocolate preto!

4. Bilhetes para festivais de verão. Adoro o ambiente, mesmo que por vezes a música não seja tão boa.

5. Dorsais. Sempre que alguém do grupo não pode correr por algum motivo e eu estou livre, sou a primeira a pôr-me na fila para ficar com o dorsal. Fazer corridas oficiais não fica barato...

A Viagem Prossegue

   Cá estou eu novamente para vos dar notícias depois de alguns dias mais cansativos e atribulados. Depois de sair de San Francisco com o meu carrinho alugado, rumei ao parque natural de Yosemite. O plano era depois ir até Yellowstone mas as quinze horas de viagem não eram nada apelativas, pelo que decidi deixar Yellowstone de parte e passar antes um dia no Sequoia National Park e outro ainda em Yosemite, já que no dia em que lá cheguei não vi quase nada. Yosemite é incrível. Tem paisagens de cortar a respiração e uma fauna e flora soberbas. Fiz montes de caminhadas pelo parque fora, contemplei lagos, passeei lado a lado com veados selvagens, subi até ao topo de algumas cascatas de água, entre outros.

   O parque das sequóias gigantes também é muito engraçado. Nele vivem as maiores árvores do mundo, algumas já com 3000 anos e uma pessoa sente-se minúscula quando olha para a cúpula daqueles seres, que quase toca o céu. Depois de passar algumas horas no parque, chegava a hora de rumar ao Utah para continuar com o que estava planeado. Em vez de quinze horas até Yellowstone, levei doze até ao Arches National Park, o que acabou por não ser assim tão diferente. Já tinha dormido as três noites anteriores no carro para poupar dinheiro (acreditem que há muita gente a fazer o mesmo à porta dos parques naturais) e esta última noite a conduzir acabou derradeiramente comigo. Durante o dia andei a passear pelo parque, que também é muito bonito e diferente dos da Califórnia e depois decidi que precisava de passar duas noites num hotel para recuperar um pouco e preparar outras quatro noites de "car sleeping".

   Tenho adorado conduzir aqui! Estava cheia de medo, já que não conduzia desde que tirei a carta aos dezoito anos (até comprei um pacote de cinco aulas para fazer antes de vir) mas até uma criança de dez anos sabe manejar um carro com mudanças automáticas. É literalmente acelerar e travar. O meu carrinho é um Hyunday que só peca por gastar imeeeensa gasolina. 

   Amanhã segue-se o Canyonlands National Park, depois Monument Valley e algumas vilas típicas da Route 66, Grand Canyon, Zion e depois Vegas, onde tenho duas noites reservadas num resort. Talvez só aí consiga dar notícias novamente. Até lá, ficam as fotos :)

DSCF9219.JPGVista para o Half Dome em Yosemite.

DSCF9254.JPGMirror Lake, um dos trilhos mais conhecidos.

DSCF9259.JPGBambis. Bambis everywhere.

DSCF9412.JPGUm pôr-do-sol espectacular visto do Glacier Point para o Half Dome.

DSCF9447.JPGNão é a mais alta mas é a mais larga e a mais pesada do mundo (a árvore, não eu).

DSCF9517.JPGA paisagem no Utah já é completamente diferente. Ainda assim, lindíssima.

DSCF9545.JPGDouble Arch, um dos arcos mais famosos do parque.

San Francisco

Os meus três dias em San Francisco chegaram ao fim, com alguma pena minha. É uma cidade que não se deixa conquistar logo nos primeiros minutos, é preciso insistir, encontrar novos pontos de vista. É uma cidade bonita, apesar de não ter nada de extraordinário para além da Golden Gate. Como principais pontos de interesse destacam-se o Pier 39, onde se podem observar os famosos leões marinhos, o Fisherman's Wharf, a Lombard Street que é a rua com mais curvas do mundo, as Painted Ladies que são casinha típicas de várias cores, a Golden Gate Bridge e claro, a famosa prisão de Alcatraz. San Francisco está repleta de sem abrigos. É uma coisa arrepiante. Drogados, malucos ou simplesmente pessoas que não tiveram sorte na vida, é um cenário muito triste e por vezes assustador.Sair à noite por aqui só acompanhado - anotem. As melhores vistas para a Golden Gate são sem dúvida as de Baker Beach, Fort Point e de Alcatraz. Para os nerds do National Geographic ou Discovery, visitar esta última ilha que fez de prisão de máxima segurança durante algumas décadas é um must e recomendo vivamente. Um passeio pelo bairro gay mais famoso do mundo, o Castro District também vale a pena.

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52 Semanas: Semana 41 - As coisas mais difíceis num relacionamento amoroso são...

   Eu sou sem duvida a melhor pessoa para falar sobre relações amorosas porque tive imensas (not)! Ainda assim posso pensar em algumas coisas que são, de uma forma geral, complicadas de gerir entre um casal.

1. Ciumes. Pois, acontece a todos. A alguns mais do que outros. Até acredito que possa ser saudavel desde que não se ultapassem certos limites.

2. Planos para o futuro. Um quer casar e o outro não, um quer cinco filhos e o outro não quer nenhum, um pretende trabalhar no estrangeiro e outro quer ficar em Portugal...por maior que seja o amor, duvido que funcione para sempre.

3. Distância. Relações à distância são muito dificeis. Admiro quem as consegue manter.

4. Ter paciencia para aturar o companheiro\companheira. Pois, às vezes falta um pouco.

5. O passar do tempo. Nos primeiros meses é tudo cor de rosa e borboletas a voar mas quando passa o encanto, muitas relações vergam-se a monotonia e acabam por terminar.

PS: peço desculpa pela falta de alguns acentos mas estou no teclado do hostel e na América não se usam acentos.

Washington D.C.

   Passados estes dois dias em Washington, está na altura de fazer um breve balanço sobre a capital dos Estados Unidos. É uma cidade bem mais calma que Nova Iorque, onde todas as principais atracções se encontram reunidas na zona do "National Mall". Existem muitos memoriais e os museus são praticamente todos gratuitos. O tempo esteve fenomenal, pelo que passeei imenso nestes dois dias.

   Comecei pelo icónico Lincoln Memorial e caminhei ao longo do parque para ir conhecendo os museus um a um. Visitei o Air and Space Museum, o American History Museum, o Natural History Museum, o US Holocaust Museum e a National Gallery of Art. Infelizmente não pude subir ao Washington Monument porque o famoso obelisco estava em manutenção. Vi a Casa Branca, o Capitólio e hoje ao fim do dia ainda consegui ir ao Jefferson Memorial, pertinho do rio Potomac, onde tirei umas belas fotos do pôr-do-sol. Foi pena o Obama não me ter conseguido receber...talvez para a próxima! Amanhã cedo apanho o avião para San Francisco. Os meus anfitriões têm sido impecáveis e este de Washington até me ensinou a cozinhar dumplings vegetarianos que comemos ontem ao almoço e ao jantar.

DSCF8748.JPGLincoln Memorial, a atracção mais famosa de D.C!

DSCF8806.JPGThe Capitol

DSCF8812.JPGWashington Monument reflectido...na Reflecting Pool.

DSCF8864.JPGUm guia turístico da América do Sul meteu conversa e depois propôs-se a tirar-me algumas fotos durante a tarde de hoje e eu aceitei. Conclusão: tenho muitas fotos minhas em Washington e tive direito a uma visita guiada gratuita a alguns pontos da cidade!

DSCF8798.JPGO Air and Space Museum é espectacular!

New York - Parte II

   Tenho estado desaparecida porque o meu anfitrião em New York saía sempre cedo de casa para trabalhar e chegava tarde, sendo que eu tinha que sair com ele, pelo que estes últimos dias foram bastante cansativos. Escrevo-vos já de Washington de directa, onde cheguei esta manhã, após apanhar o autocarro nocturno. Amanhã à noite falo-vos dos dois dias que estou aqui a passar antes de rumar ao próximo destino!

   Nos últimos três dias em NY pude visitar a Estátua da Liberdade e a Ellis Island, o Empire State Building de dia e de noite, o Metropolitan Museum of Art, fui até à ponte de Brooklyn, Macy's, alguns mercados de rua biológicos, vi o Flatiron Building, algumas partes do Central Park onde que ainda não tinha cuscado e passei quase todos os dias por Times Square para absorver mais um pouco toda aquela energia que ali se vive.

DSCF8301.JPGSenhora que dispensa apresentações. Pensava que era maior, para ser honesta.

DSCF8449.JPGVista de tirar o fôlego do Empire State

DSCF8544.JPGEuzinha toda contente depois de mais de uma hora de contemplação do mundo lá em baixo.

DSCF8579.JPGLittle um, Little dois! Little hey, Little ho! Lembra-vos algo?

DSCF8659.JPGVista nocturna do Empire State. Incrível mas ainda assim preferi a diurna.

New York - Parte I

   Há sítios pelos quais passo nas minhas viagens que não se explicam, é preciso estar lá para sentir, para os viver. E Nova Iorque é um desses sítios.

   As minhas expectativas para esta cidade eram altíssimas. Assim altas como o Empire State Building. E a cidade está a corresponder no seu melhor. A atmosfera de constante agitação que se vive, os painéis reluzentes, os táxis amarelos que não param de buzinar, as mulheres nova iorquinas quase a correrem de um lado para o outro, com os seus vestidos e o sobretudo por cima, o café numa mão e o telemóvel na outra, o cheiro a comida por todo o lado, pessoas de todas as nacionalidades, de todas as classes sociais e religiões, feitios e tamanhos, as ruas repletas de movimento e burburinho constante fazem com que “a cidade que nunca dorme” seja o nome mais que perfeito para New York.

   Quando cheguei ontem de manhã vinha desanimada por não ter dormido nada no autocarro nocturno vindo de Boston e por estar com uma fome descomunal. Mas assim que me pus a caminho de Manhattan, depois de deixar a mala em Astoria, onde fica a casa do meu hóspede, a tristeza de estar longe de casa e o cansaço dissiparam-se logo. O dia estava chuvoso mas ainda assim fartei-me de apreciar Times Square e ainda visitei a Grand Central Station e a Public Library durante o período maior de aguaceiros. À tarde o sol apareceu e eu dirigi-me ao Museu de História Natural, que visitei com alguma pressa porque às 17h30 puseram toda a gente na rua. Ainda tive tempo para um descontraído passeio pelo Central Park, observando um pôr-do-sol lindíssimo.

   Hoje estive no topo do Rockefeller Center (bolas, até caiu uma lágrima com a emoção de ter aquela vista, depois de tantos anos à espera dela) e caminhei ao longo da margem Oeste de NY, visitando Chelsea e a Tribeca, e cheguei finalmente ao Ground Zero, onde pude visitar o museu do 9/11 e ver as piscinas que foram construídas como memorial no sítio onde estavam as torres.

   Os três dias que me restam parecem muito pouco tempo para o que ainda quero ver e fazer porque Nova Iorque é enorme e as linhas de metro são bastante confusas para quem não conhece, especialmente nos primeiros dias. Vou continuando a dar notícias e espero que gostem das fotos 

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Times Square

DSCF7990.JPGAdoro o movimento constante!

DSCF8019.JPGGrand Central Station

DSCF8054.JPGPublic Library, tornada famosa pela série "Sex and the City"

DSCF8086.JPGMuseu de História Natural

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Sunset in Central Park 

DSCF8125.JPGRockefeller Center

DSCF8182.JPGVista do "Top of the Rock do Rockefeller Center"

DSCF8266.JPGUma rosa branca significa que a pessoa fazia anos neste dia

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