Foram noventa minutos bastante requentados apesar dos quatro golos mas prolongava-os até ao infinito só para poder estar enroscada em ti para o resto da eternidade. E o Podence que decidiu não arriscar aquele golo mesmo à frente da baliza e me roubou mais uma celebração - e um beijo teu, acima de tudo, mais um beijo teu. Sportinguista de olhos esmeralda, juro-te que se algum dia vivermos juntos, a foto que tiramos e que contemplo a toda a hora vai ser a primeira da nossa estante vazia. Tu e eu, de leão ao peito e cachecol verde ao pescoço, olhar brilhante apaixonado, cabeça com cabeça, a ver o nosso Grande Amor jogar.
A humanidade vai-se perdendo dia após dia, esfumando-se por entre a maldade e a ganância a cada minuto que passa. Escondo-me dela no refúgio de um abraço teu, na esperança de que a realidade não me encontre ali. Fecho os olhos com força e esqueço que existe outro mundo lá fora, depois de virar a esquina dos teus braços. Não há segundo tranquilo longe do afecto dos teus lábios sobre a minha pele morena. Um silêncio inquietante faz zumbir os ouvidos, como se o fim estivesse ali já ao amanhecer mas os teus olhos esmeralda não abandonam os meus, carregados de uma segurança que vai aliviando a incerteza. Quando sorris não há tempestade capaz de naufragar esta jangada a que chamam de vida, tão frágil, tão volátil, tão efémera. Não largues nunca a minha mão. O mundo do outro lado do teu corpo é demasiado perigoso para uma donzela sem amor.
Peço mais um minuto contigo e concedes-mo. Aperto-te de encontro ao meu peito com força para te demonstrar que te quero ali mesmo, nem um milímetro mais distante. Nunca ninguém me fez sentir assim mas ainda não to consigo dizer por palavras, apesar dos gestos não enganarem e do meu olhar ser um reflexo da minha alma a gritar-te que te quero em todos os minutos que um dia dura (e diz que são 1440 mas tenho em crer que me andam a roubar aqueles que posso partilhar contigo). Sessenta segundos podem durar uma vida mas eu trocava a minha por outros sessenta nos teus braços.
É sempre triste quando uma série que acompanhamos durante anos e anos chega ao fim. Parece que fica sempre um vazio qualquer por preencher, uma vontade de ver só mais um episódio, um desejo de acompanhar mais um pouco as personagens com quem tantas vezes nos idenficamos.
Não sei há quantos anos comecei a ver Bones mas há já bastante tempo que era série para estar no meu top 10. Hoje vi o último episódio com pena que as aventuras de Booth e Brennan acabem por aqui. São dos meus casais da ficção preferidos e é também por causa da cumplicidade entre ambos que esta série ganha um gostinho especial. Por isso e pela banda sonora. Perdi a conta ao número de músicas que descobri graças a esta série. Foi graças a ela que descobri aquela que será a música da "1ª dança", se algum dia me casar, a minha música preferida de todo o sempre, "When You Say Nothing at All". Bones pode ter chegado ao fim mas terá sempre um cantinho especial no meu coração