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Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Estocolmo

   Fui a Estocolmo totalmente às escuras acerca do que esta cidade tinha para oferecer e sem quaisquer expectativas. O meu avô tinha-me dito que a zona antiga era muito bonita e agradável de percorrer a pé mas nunca imaginei que fosse um autêntico museu ao ar livre, colorida e cheia de vida. É claramente uma cidade feita a pensar nas pessoas e não nos carros, a contar com os milhares que saem à rua para aproveitar o dia sempre que o sol espreita (e dias de sol são coisa escassa por ali) e muito virada para a vida em família.

   Num dia apenas fizémos milhares de coisas na cidade e muitas mais faríamos se mais tempo houvesse. Visitámos o Museu Nobel, que é um museu muito interactivo sobre o conceituado prémio sueco que é atribuído anualmente nas mais diversas categorias e o Museu Vasa, que alberga o único navio preservado do século XVII, sendo que mais de 95% do navio é original. A exposição é fantástica e vai desde a construcção do navio naquela época aos trabalhos de remoção do fundo do mar, passando obviamente pelo seu naufrágio, por como era a vida no século XVII e abordando ainda uma parte da História da Suécia. Tive pena de não ir ao museu dos ABBA, já que sou fã da banda e também é muito famoso em Estocolmo.

   Percorremos as ruas da zona antiga, passámos pelo Palácio Real, pela Câmara, pela frente ribeirinha que tem prédios soberbos (parece os Champs Élysées de Paris mas à beira mar), pela Catedral de Estocolmo, fizémos um agradável passeio de barco, comemos num óptimo restaurante italiano (ahah) que tinha mantas caso ficasse muito frio e ainda andámos a passear no parque de diversões que, não sendo tão famoso quanto o Tivoli de Copenhaga, tem uma grande afluência nos dias soalheiros. Enfim, fiquei com a ideia que Estocolmo é uma cidade perfeita para se ver a pé, para admirar com calma e para aproveitar bem durante o Verão. Adorei, adorei, adorei!

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Pouco tempo para muita coisa

   O blog tem andado murchinho. Gostava de conseguir publicar todos os dias mas tem sido complicado. Ainda quero falar de Estocolmo relativamente ao cruzeiro e tenho dois textos também para publicar, fora aqueles que começo e ainda não arranjei coragem para terminar.

   Ainda estou a tentar adaptar-me à rotina (ou à desrotina, porque o meu horário é mais variável do que existem dias num ano), tenho os meus treinos para a maratona para realizar, estou a tratar da mudança de propriedade do meu novíssimo Opel Corsa com 15 anos, tenho uma tese para defender no dia 28 e tenho a minha Amora com uma hérnia cervical que me tem afligido muito porque rapidamente se pode tornar numa situação que exija cirurgia à coluna com urgência. Tenho feito maioritariamente noites e sinto que isso me faz perder imenso tempo. Enquanto lá estou, não consigo ser produtiva, mesmo que não tenha nada de especial para fazer, porque bate sempre o sono. Quando chego a casa, por volta das 11h (acabei agora mesmo de vir de um turno noturno), sinto-me um zombie mas tem sido complicado dormir. Às vezes fico na cama até às 17 ou 18h e acabo por só dormir umas três ou quatro. Ou seja, dia praticamente estragado.

   Mas compensa. Ficar sozinha com um animal às portas da morte, que pode entrar em paragem cardiorespiratória a qualquer instante e sair às 10h da manhã com ele um pouco mais estável e confortável enche-me o coração. Não me importo de passar a noite sentada numa cadeira à frente da jaula, a espreitar lá para dentro de cinco em cinco minutos para ver se é necessário dar mais oxigénio. Não me importo de ficar suja de sangue ou vómitos ou diarreia. Não me importo de ter de comer a correr só para não o deixar sem vigilância por muito tempo. Não me importo de ter que desentupir o sistema de soro vinte vezes durante a noite. Não me importo mesmo nada, desde que eles fiquem bem. Nunca me morreu um animal num turno da noite. O dia há-de chegar, é inevitável. Mas hoje não foi.

   Isto tudo para dizer que vou tentar ir publicando coisas por aqui mas que às vezes fica um pouco mais difícil. Vida de adulto, dizem. 

Desafio 30: 10 Perguntas de Beleza

   A fantástica Simple Girl desafiou-me para responder a um desafio sobre beleza e maquilhagem que, na verdade, vem mesmo a calhar. Nunca fui de usar muita maquilhagem, apenas qualquer coisinha soft quando ia para a faculdade, especialmente no Inverno quando me olhava ao espelho de manhã e via um fantasma. Mas agora que comecei a trabalhar, encomendei algumas coisinhas para andar um pouco mais composta (e confesso que também para não parecer um bebé acabado de sair da infantil à frente dos donos ahahah).

 

1. Qual é o teu tipo de pele?

Tenho tendência a ter a pele muito oleosa na chamada "zona T", especialmente no nariz, o que odeio 

 

2. Sais de casa sem protector solar?

Só ponho protector solar naqueles dias de sol muito intenso no Verão quando vou passear as cadelas ou estar fora de casa algum tempo (quando vou à praia ponho sempre,mesmo que estejamos em Março). Quando vou correr e está sol também ponho porque acabo por ter uma grande porção da pele à mostra e parecendo que não, ainda é uma grande exposição aos raios solares.

 

3. Tens ou já tiveste acne?

Nada de muito exuberante. Penso que já tive mais. Agora vão-me aparecendo mais ou menos borbulhas consoante a fase do ciclo menstrual.

 

4. Qual é o teu batom favorito?

É o Rouge Flambloyant em lápis da Yves Rocher. Mas não uso muito no dia-a-dia.

 

5. Preferes lápis ou eyeliner?

Não sei trabalhar com eyeliner. Comprei um há uns anos, tentei usar algumas vezes mas saía-me sempre tudo torto e levava uma eternidade a desmaquilhar e portanto desisti. Sou grande fã do lápis e faz parte da minha maquilhagem do dia-a-dia (no Verão é raro usar mas no resto do ano sim).

 

6. És desastrada enquanto te maquilhas?

Acho que pela resposta anterior dá para ver que sim hehehe

 

7. Qual é a base que usas?

Tenho uma da Nivea mas uso-a mais para disfarçar as olheiras no Inverno.

 

8. Usas BB cream?

Não mas encomendei agora um portanto vou passar a usar.

 

9. Quem é a tua maior inspiração no que toca a maquilhagem?

Não sou de andar a ver vídeos nem a olhar atentamente para as celebridades a ver que maquilhagem usam. Gosto de coisas muito simples e discretas, só para atenuar imperfeições e com um aspecto natural por isso não sei muito bem o que responder...

 

10. Qual é a tua opinião acerca do uso de maquilhagem?

Acho que deve ser usada com moderação e não em exagero porque quando é assim deixamos de ser nós mesmos e passamos a ser outra pessoa (a menos que seja esse o objectivo).

Abraça-me

   Hoje só pedia um abraço teu. Nada mais. Não preciso de palavras reconfortantes, nem de beijos, nem de flores ou outros bens materiais. Um abraço teu chega quando me falta tudo. Um abraço teu e eu sei que vai tudo correr bem. Um abraço teu e as lágrimas param de correr. Um abraço teu e eu sei que sou capaz de me adaptar a esta nova etapa da minha vida e que as dificuldades se vão resolver. Estar nos teus braços é - era - a minha terapia (e que falta me faz a minha cabeça pousada no teu ombro enquanto te agarro com força de encontro a mim como se tentasse fundir os nossos corpos). Hoje há tanta tristeza em mim que se te visse na rua era bem capaz de correr na tua direcção para te abraçar, por mais mágoas e rancor que ainda carregue em mim. Os dias passam e a dor de não te poder ter teima em acompanhar-me desde o momento em que abro os olhos até entrar nos sonhos de novo na noite seguinte. E quando tudo parece correr mal, eu só penso no conforto dos teus abraços, na falta que esse porto de abrigo me faz para me resguardar da tempestade, nem que seja por breves instantes, para depois regressar à luta. Dás-me um abraço?

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Tallinn

   Tallinn era a cidade para a qual tinha mais expectativas e penso que não desiludiu. É a cidade medieval mais bem conservada da Europa e por outro lado, a Estónia é um país muitíssimo evoluído e tecnologicamente avançado, que nos deu coisas como o Skype ou o pagamento do estacionamento graças a certas aplicações para o telemóvel.

   A zona antiga, que é Património Mundial da Unesco, é mesmo muito bonita. As muralhas e as ruas estão muito bem conservadas, as igrejas são imponentes e há miradouros muito engraçados.

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Dra. Rita

   É tão estranho. Não sei se algum dia me vou habituar, apesar de já ouvir isto esporadicamente desde há três anos. Rita só estava bem. Gosto de simplicidade. Não quero cá floreados. Ou então tenho algum receio de toda a responsabilidade que uma abreviatura destas antes do nome carrega. Se calhar é isso.

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São Petersburgo

   Vou confessar que...adorei a Rússia!! Não estava nada à espera de encontrar em São Petersburgo uma cidade moderna e dinâmica, muito semelhante às cidades europeias (bem, fechando um pouco os olhos a muitas infrastruturas que datam da época do comunismo...).

   De facto, a cidade de São Petersburgo foi construída pelo Czar Pedro I como um modelo das cidades europeias a fim de atrair a nobreza europeia à Rússia, o que foi conseguido com sucesso. Ainda nos dias de hoje, esta cidade serve como "ponte" entre Europa e Ásia e é uma metrópole muitíssimo jovem e cultural.

   Nos dois dias que passámos em São Petersburgo visitámos bastantes igrejas, entre as quais se encontrava a famosa catedral da cidade (ou catedral de São Isaac), a Catedral do Sangue Derramado (na minha opinião, a mais bonita e interessante) e a igreja de São Nicolau; não podíamos ter ido à Rússia sem visitar o Hermitage, um dos maiores e mais famosos museus do mundo, cuja colecção começou a ser formada graças à imperatriz Catarina II (sabiam que quando o marido dela morreu, ela roubou o trono ao filho? E que o odiava tanto que lhe ofereceu um palácio pequenino no meio do nada e uma mulher porque dele só queria descendência? ahah, já não se fazem mulheres assim). Estivémos na Praça Imperial, junto ao Palácio de Inverno, parámos por diversas vezes ao longo do rio Neva para ter diferentes pontos de vista sobre a cidade e demos um passeio de barco pelos canais para uma outra perspectiva.

   No primeiro dia à noite ainda saímos pelas onze da noite para ver São Petersburgo iluminada, que realmente tem um encanto completamente diferente porque eles apostam muito na iluminação (no Inverno é de extrema importância, com a parca luz solar que eles recebem...). As pontes da cidade são quase todas levadiças porque muitos barcos de carga passam por aqueles canais. De modo que, pouco depois da uma da manhã, as pontes começam a levantar e a circulação automóvel fica praticamente impossível porque o centro da cidade são ilhotas e mais ilhotas por entre canais. O levantar das pontes ficou famosa por entre os turistas de há uns anos para cá, de modo que eles agora até anteciparam um pouco a hora de levantamento de uma ou duas pontes e a que fica próxima do Palácio de Inverno tem um espectáculo de luz e som que acompanha todo aquele espectáculo. Devo dizer que vale imeeeeenso a pena ver. Foi um dos pontos altos da viagem e é mesmo muito bonito.

   No dia dois fomos visitar o Palácio de Peterhof, que é conhecido por ser o "Versailles Russo". Visitámos apenas os jardins mas fiquei apaixonada pelos mesmos e pela arquitectura exterior do palácio. É um palácio lindíssimo, que foi terminado em 1725 na altura de Pedro I. Este Czar era muito simplista e gostava de coisas pequenas e discretas. Foi a filha Isabel que aumentou o palácio e lhe deu o brilho e o requinte que ainda hoje possui.

   À tarde visitámos o Palácio de Pavlovsk, que foi o palácio que Catarina II ofereceu ao filho para ele a deixar governar em paz e ir procriar com a sua mulher para longe do trono. Quando a mãe morreu, o czar Paulo aumentou o palácio (pudera, também com dez filhos) e fez dele uma das principais residências da família imperial russa.

   Dois dias foi pouco tempo para visitar São Petersburgo. Há um mundo de coisas por descobrir nesta cidade, desde museus a palácios, sem falar nas igrejas e parques. Sem dúvida que será um local a regressar e que despertou em mim uma imensa curiosidade para visitar outros pontos da Rússia, nomeadamente a capital, Moscovo.

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Catedral do Sangue Derramado

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O interior da Catedral de St. Isaac

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 O museu Hermitage

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O levantar das pontes, junto ao Palácio de Inverno

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O metro de São Petersburgo tem algumas das estações mais bonitas do mundo, que também pudémos visitar

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 O Palácio de Peterhof

Mulher

   Há dois dias atrás olhei-me ao espelho e, pela primeira vez na vida, vi uma mulher quando antes via apenas uma rapariga. Foi assustador.

Helsínquia

   O embarque fez-se em Estocolmo, mas como só houve oportunidade de visitar a cidade no último dia do cruzeiro, irei falar primeiro de Helsínquia, que foi a primeira paragem.

   É uma cidade extremamente jovem, não muito grande e bastante calma. As maiores "atracções" de Helsínquia são as suas catedrais e igrejas, mercados ao ar livre e a fortaleza de Suomenlinna (que nós não visitámos por falta de tempo). Na categoria "locais religiosos", o destaque vai para a lindíssima catedral da cidade, ao estilo evangélico e muito simples no seu interior, para a catedral de Uspenski, que é o principal templo da igreja ortodoxa finlandesa, e para a Igreja de Pedra, literalmente construída como se fosse uma gruta. Quanto a mercados, aquele que fica junto à marina e ao porto de pesca, tem uma grande variedade de artesanato, flores e comida de rua. Dizem que o salmão que se vende nessas barraquinhas é do melhor que se pode encontrar na Finlândia. Depois existem locais e monumentos por onde vale a pena passar, como é o caso do Sibelus Park com uma famosa escultura ao compositor com o mesmo nome que o parque, a estação ferroviária, o parque Esplanadi ou o Museu a céu aberto.

   Pessoalmente, foi a cidade de que menos gostei durante esta viagem. Tem zonas agradáveis mas acho que nunca conseguiria viver num local onde, no Inverno, a noite chega a ter vinte horas de duração.

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Junto ao parque de Sibelius, o local de que mais gostei na cidade. Naquele café tomámos uma bela chávena quente do mesmo a relaxar um pouco das multidões nos pontos mais turísticos

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Catedral de Helsínquia

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 Catedral de Uspenski

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 O mercado de Hakaniemi, onde se vende artesanato, flores e comida fresca

Costa Mediterranea

   Fazer um cruzeiro não é bem como ir numas férias ditas "normais". Não se pode escolher o cruzeiro apenas pelo destino. É preciso dar igualmente atenção ao navio, que na realidade será a nossa casa durante o tempo de duração da viagem. Se no ano passado o MSC Opera não deixou nada a desejar, este ano o Costa Mediterranea não foi bem assim.

   Começando pela decoração...desgraça total. Um navio inspirado nos antigos palácios italianos, pouco confortável, com muito rococó desnecessário, estatuetas e rabiscos por todo o lado, interessante apenas para quem se interessa por essa corrente artística.

   Equipa de animação - muito fraquinha. Atrevo-me a dizer que no ano passado foi a equipa de animação a bordo que fez daquela uma das semanas mais inesquecíveis e divertidas da minha vida, mais até do que os locais que visitei. Só eu sei o quanto chorei a rir naquele cruzeiro. Este ano houve dois momentos em que a equipa de animação proporcionou algumas risadas mas não passou muito disso. Falta alguma alma a este pessoal.

   Comida. As refeições à la carte no restaurante eram óptimas e as sobremesas bem melhores do que no MSC Opera. No entanto, comemos duas vezes no buffet e para além da pouca variedade, a comida não era nada de jeito. Além disso, no ano passado havia comida disponível vinte horas por dia. A bordo do Costa Mediterranea seria talvez metade desse tempo e se desse a fome depois das 21h30, ou se pagava para comer, ou se tinha que esperar pelas 6h da manhã do dia seguinte.

   Serviço de quartos. No ano passado tínhamos um camareiro indiano que era uma categoria. Não sei como é que ele fazia mas surgia sempre para dar os bons dias ou boas noites quando entrávamos/saíamos do quarto. Fazia bonecos com as toalhas e estava sempre a perguntar se precisávamos de alguma coisa. Este ano vi o camareiro apenas uma vez e apesar da cabine estar sempre impecável, faltou alguma atenção da parte dele, dado a exorbitante taxa de serviço que se paga nestas viagens.

   De salientar pela parte positiva o ginásio enooooorme a bordo (dava assim um dez a zero ao do ano passado), com máquinas novas, topo de gama, de cardio e musculação, para pernas, braços, barriga, costas, enfim...era mesmo só escolher que havia máquinas para todos os gostos. Para além disso havia um pequeno campo de jogos onde organizavam torneios de vários desportos colectivos e uma pista de atletismo no último deck (uma volta só tinha 100 metros mas é melhor do que nada).

   O meu pai já ditou a sentença de morte à Costa. Diz que, de aqui para a frente, só navega na MSC. Eu acho que não se pode julgar uma companhia com um nome tão prestigioso apenas por uma experiência menos boa num dos muitos navios que eles possuem. Estou de acordo que, com a experiência que tenho, a MSC parece ser muito melhor. Mas não digo que daqui a muitos anos não volte a dar uma segunda oportunidade à Costa.

   Amanhã irei falar no primeiro destino desta viagem, Helsínquia!

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