Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

Mougins

   Mougins é uma pequena vila francesa que fica a 10 minutos de carro de Cannes, mais para o interior. Só fui a Mougins porque há uma loja nesta vila que vende produtos portugueses e eu estava meeeesmo com saudades de um pastel de nata e de bacalhau. Acabei por também comprar mais algumas coisinhas, incluíndo um bom vinho do Douro e castanhas para festejar este S. Martinho como deve ser. E ainda bem que fui a Mougins, é uma vila/aldeia linda linda linda! Cada rua é uma autêntica obra de arte, há galerias de pintura e escultura porta sim, porta não, cafés e restaurantes amorosos nas principais praças e vistas para as montanhas muito agradáveis.

   Para além disso, como hoje se comemora o dia da assinatura do armistício que pôs fim à 1ª Guerra Mundial e é portanto feriado nacional, havia uma pequena celebração com gente fardada e gente à civil na qual a minha colega e eu nos imiscuímos, com bebida e comida incluídas, que calhou mesmo bem à hora de almoço.

   Gostava imenso de dizer que irei retornar a Mougins mas parece que há tanto para ver na Côte d'Azûr que entre as cidades principais, as zonas à beira-mar, toda a parte de Provence com os seus campos de lavanda, as montanhas e as vilas e aldeias mais para o interior (e já nem falo de outras cidades mais longe como Marseille, Avignon ou Toulouse que também queria muito visitar), vai ser difícil optar por retornar a um sítio onde já estivémos ao invés de irmos conhecer um novo local.

20171111_123040.jpg

20171111_114954.jpg

20171111_120324.jpg

20171111_120001.jpg

20171111_113921.jpg

Marcel Pagnol

   Há oito anos que estou habituada a ter uma companhia canina sempre comigo. Faz-me falta ter uma coisa feita de pêlo que abana o rabo e pede festas no lombo. Na impossibilidade de ter um amigo canino aqui no anexo onde estou a viver com mais duas colegas, decidi que era tempo de me lançar no fantástico mundo dos felinos e eis que agora tenho um gato.

   Queria um nome intelectual já que geralmente os gatos estão nem aí para o nome. Escolhi Marcel Pagnol porque adoro os romances deste escritor/cineasta que fez parte da Académie Française. É perfeitamente normal que este nome não diga nada a um português. Não é nenhum Voltaire ou Molière ou Victor Hugo. Mas fiquei surpreendida porque só uma pessoa aqui do hospital é que percebeu que o nome era de uma personalidade minimamente importante na literatura e cinematografia francesa.

   Nomes à parte, é uma bolinha de pêlo muito fofa que gosta de me atacar os dedos com as suas mini garras afiadas e os dentes pontiagudos, que me fez chichi na colcha e que corre que nem um desenfreado pelos escassos metros quadrados que é o nosso apartamento. Se no final deste internato regressar a Portugal, espero que a Amora pelo menos o consiga tolerar. Estou confiante que sim, é uma questão de hábito e ela já não é tão tonta com gatos como era há uns anos atrás. Que esta aventura felina dure muitos e bons anos!

DSCF3209.JPG

DSCF3223.JPG

TAG: Uma só palavra

   Encontrei este desafio pela web e achei muito engraçado, portanto decidi pôr mãos à obra e fazê-lo também eu!

 

1. Onde está o teu telemóvel?
Mesa.

2. Teu parceiro?

Desconhecido


3. Teu cabelo?

Lavado

4. Tua mãe?

Preocupação

5. Teu pai?

Protecção

6. Teu objeto preferido?

Medalha

7. Teu sonho da noite passada?

Alzheimer


8. Tua bebida predileta?

Água

9. O carro dos teus sonhos?

Porsche

10. O quarto onde estás nesse momento?

Sala

11. Teu ex?

Complicado

12. Teu medo?

Aranhas


13. O que desejas ser em 10 anos?

Feliz

14. Com quem passaste a noite passada?

Peluche

15. O que não és?

Popular

16. O fizeste por último?

Almoço

17. O que estás a usar?

Roupa

18. Livro predileto?

22/11/1963


19. A ultima coisa que comeste?

Kiwi


20. Tua vida?

Mudança

21. Teu humor?

Variável


22. Teus amigos?

Essenciais


23. Em que estás a pensar neste momento?

Gato


24. O que estás a fazer neste momento?

Isto


25. Teu verão?

Repleto

 

26. O que está a passar na tua TV?

Nada


27. Quando sorriste pela última vez?

Manhã


28. Quando choraste pela última vez?

Outubro

29. Escola?

Amizades

30. O que estás a ouvir neste momento?

Teclas


31. Atividade predileta do fim de semana?

Passear


32. Profissão dos teus sonhos?

Viajante


33. Teu computador?

Lento


34. Do lado de fora da tua janela?

Pátio

 

35. Cerveja?

Não

 

36. Comida mexicana?

Picante


37. Inverno?

Aconchegante

 

38. Religião?

Ateia

 

39. Férias?

Planeando

 

40. Em cima da tua cama?

Ok (ahahahah)

 

41. Amor

Sempre

 

Vou nomear a Simple Girl para o fazer, já que ela me nomeia sempre 

Maratonista Internacional

   Bem...domingo lá fui correr mais uma maratona, assim como quem não quer a coisa. Como já tinha treinado para a de Lisboa, achei que mais valia fazer já outra porque o que custa mais numa maratona são mesmo aqueles treinos longos que uma pessoa tem de fazer sozinha. O percurso unia Nice a Cannes, quase sempre à beira-mar, e era bastante plano, o que é óptimo para bater recordes pessoais. Para além disso o tempo estava ideal - choveu um bocado antes da prova mas durante caíram apenas uns pingos e estava fresquinho, para além de que não havia vento. Já aqui antes tinha referido que os franceses são os campeões quando se trata de ir apoiar os atletas na rua e pude comprovar isso mesmo no passado domingo. Nem mesmo a chuva e o frio demoveram estas pessoas de, ao longo de quase todo o percurso, irem apoiar aqueles que iam à procura de realizar um sonho. 

   Lá fiz a maratona em 3h37 (menos 8 minutos que a de Lisboa!) e apesar de achar que daqui a outras três semanas estaria pronta para mais uma, tenho de dar algum descanso aos meus joelhos, que se ressentiram um pouco do esforço. Maratonas agora só em Abril, em Paris.

20171105_133039.jpg

Amores Platónicos

   Parece que foi noutra vida que os nossos caminhos se cruzaram, como se entretanto muitas outras se tivessem passado e não fôssemos agora nada mais do que matéria amorfa, um limbo entre algo real e aquilo que nunca chegou a ser. Não esqueci a sensação dos teus lábios no meu pescoço, nem a forma com que murmuravas o meu nome de olhos fechados como se fosse um segredo só nosso, muito menos o calor da tua pele a roçar na minha. Não esqueci a perfeição que atingíamos no silêncio da noite, com as estrelas a pairar sobre nós. Mas todas essas sensações são agora vagas, turvas, como a água límpida de um rio que desagua no oceano e aos poucos se começa a misturar com a água salgada. Parece que foi ontem que uma paixão avassaladora nos levou para um jogo perigo. E no entanto, já não me reconheço nesses gestos, já não me revejo na pessoa que fui, já não me identifico com o que disse, o que fiz, o que pensei a certos momentos. Se ainda te amo? Seguramente. Se ainda acredito que és o homem da minha vida? Sem sombra de dúvidas. Mas atingimos um estado de amor platónico, longínquo e distante, quase perfeito, o qual dificilmente será reversível. E por um lado, ainda bem. Sempre fui adepta de amores platónicos.

Cadeados-do-amor-em-varios-paises-do-mundo.jpg

Diário de uma Avec #2

   O meu francês é bom mas está longe de ser perfeito. Às vezes não tenho a certeza de que aquilo que estou a dizer está correcto gramaticalmente e muitas vezes faltam-me palavras. Ontem estava a falar com a minha colega de internato e saiu-me a palavra "alface". A rapariga ficou a olhar com cara estranha para mim e não disse nada mas eu percebi que alface em francês devia ter outra denominação. É "laitue" senhores, é "laitue". Pelo menos ainda não meti nenhum "fod*-se car****" a meio de uma frase em francês. 

Antibes

   Antibes é uma cidade que fica a 10 km de Cannes, também ela à beira mar, e que deve fazer parte do roteiro de qualquer pessoa que deseje ficar a conhecer a Côte D'Azur. E nada melhor do que um feriado em que não se trabalha para partir à descoberta desta cidade francesa encantadora.

   A zona antiga da cidade é amorosa, com as suas ruas estreitas, os canteiros de flores à janela, as trepadeiras que sobem pelas paredes, igrejas muito bem conservadas e uma muralha imponente que foi certamente útil na época em que a cidade sofria ataques marítimos vindos do mediterrâneo. Tem também alguns museus, incluindo um que alberga cerca de 50 obras de Picasso, mas que deixámos para uma futura visita. Já nem falo das pastelarias que exibem sempre coisas deliciosas nas montras que me fazem logo engordar só de espreitar, dos restaurantes com as esplanadas sempre cheias, do cheiro da maresia que me faz lembrar a minha casinha e do tempo maravilhoso que se fez sentir, com um sol impecável mas não muito forte.

20171101_103545.jpg

20171101_104143.jpg

20171101_105118.jpg

20171101_105632.jpg

20171101_110641.jpg

Pág. 2/2