Ir ou não ir...é sempre a questão!
Então ontem lá fui à minha entrevista de emprego. Ia mais nervosa por ter que conduzir o carro do meu avô desde a zona da linha de Cascais até à Margem Sul depois de não pegar numa viatura há meses mas tudo correu bem. A senhora que me entrevistou (penso que seja só manager e não veterinária) acabou a falar mais do que eu, que apenas falei brevemente sobre os estágios todos que já tinha feito e fui acenando em jeito afirmativo enquanto ela debitava as condições do emprego. Pelos vistos gostou de mim.
Enquanto não tiver cédula profissional, só posso fazer noites, não posso dar consultas nem passar receitas. Nada que eu já não soubesse. Para além disso, pagam menos até eu ter o meu número da Ordem na mão. Mas é uma oportunidade interessante porque, vendo bem as coisas, eu ainda não terminei oficialmente o curso. Será que vale a pena ficar três meses a olhar para o ar ou passar esses três meses a trabalhar, a juntar um mealheiro e a ganhar experiência valiosa para o currículo?
Fiquei de pensar na proposta. E gostava de aceitar, a sério que gostava. Mas não tenho carro e a paragem de autocarros mais próxima do hospital fica a 35 minutos, sem sequer falar nos horários ridículos. Quando enviei o currículo, uma das minhas amigas de curso estava lá a trabalhar e tinha uma casa de um parente disponível lá perto. No dia seguinte a ter enviado o currículo, ela diz-me que encontrou uma oportunidade melhor perto de casa e que se vai embora.
E eu agora não sei bem como vou conseguir estar a partir de dia 4 de Setembro a cruzar a ponte diariamente sem carrinho próprio, com muito poucas poupanças no banco, mesmo para comprar um em segunda mão, e sem tempo para procurar decentemente boas ofertas de veículos quando amanhã embarco num cruzeiro e só regresso uma semana depois. É que não sei mesmo...