My Own Fifty Shades
Passei alguns dias a escrever uma mini mini versão de seis páginas dos meus "50 Tons de Cinza" (desculpem lá, mas gosto mais em português do Brasil) mas numa versão bastante mais soft e sem aquele drama todo. Como é um texto demasiado óbvio, tanto por ser explícito, como por ser evidente quem são as personagens e onde se passa a história, deixo apenas um pequeno excerto. Amanhem-se :P
-Sempre tive aquela sensação...e corrige-me se estiver enganado - era a primeira vez que tratava a moça por tu - que existe uma electricidade qualquer entre nós.
A jovem deixou cair o queixo e a sua respiração tornou-se mais ofegante. Ele estava tão perto que podia sentir claramente a fragrância que emanava do seu corpo. Apeteceu-lhe esticar a mão para poder sentir o bater do seu coração junto ao peito, ou então para acariciar a sua face redonda pela primeira vez na vida. Mas o medo deixou-a paralisada, incapaz de se mover ou de dizer alguma coisa. De forma inconsciente, mordiscou o lábio e humedeceu-o em seguida.
[...] O homem ergueu o braço e acariciou a face da jovem com os nós dos dedos. O toque, suave e sensual, fê-la estremecer. Nunca o seu coração batera tão depressa por ninguém como naquele instante em que via todos os seus desejos se concretizarem. Aquele contacto físico foi o suficiente para que a sala se transformasse num forno de uma forma repentina e para que a rapariga ansiasse por mais, ávida de paixão.
Ele afastou-lhe o cabelo da cara e aproximou-se, primeiro lentamente, e depois de uma forma mais agressiva, puxando-a contra si, roubando-lhe todo o oxigénio que tinha no peito e envolvendo-a em seus braços. A jovem teve apenas tempo de fechar os olhos antes de sentir os lábios dele virem tocar nos seus, autoritários, possessivos, demandando tudo aquilo a que tinham direito. E ela deixou-se conduzir, submissa, talvez ainda um pouco incrédula, com as mãos a tremer e uma respiração irregular. Os lábios dele eram mansos e nem a brutalidade do primeiro embate havia alterado a forma como se moldavam aos da rapariga e como os envolviam e abraçavam, como deslizavam de forma suave e graciosa uns nos outros, como se estivessem a dançar uma quente dança de salão.