Recomeços
O tempo passou sobre aquele nosso recanto escondido. A relva outrora verdejante sobre a qual nos sentáramos secou devido à aspereza de um Verão sem uma única gota de chuva. A praia deserta transformou-se num mar de gente desejosa de apanhar todos os raios de sol daquele domingo até ao último suspiro. O frio de uma manhã de Abril foi substituído pela brisa quente de uma tarde de Agosto. O fracassar das ondas de encontro às rochas virou um marulhar suave como se a espuma abraçasse a areia num gesto carinhoso. As lagartas não mais eram lagartas mas antes borboletas. As estações mudaram aquele lugar. O tempo tudo transforma. E só existem finais para quem não acredita em recomeços.