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Same Same But Different

Um blog repleto de ideias, textos, sonhos e aventuras de uma jovem maravilhada com o mundo em seu redor.

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Rock 'n' Roll Maratona de Lisboa

   Estamos, neste mesmo instante, a escassas 24 horas da partida da Rock 'n' Roll Maratona de Lisboa. Como podem calcular, os nervos são mais do que muitos (quem é que esta noite não vai dormir nada de jeito, quem é?). Este ano já não se trata apenas de concluir a prova. As expectativas estão muito mais altas. Treinei muito mais em termos de distância, tenho corrido a ritmos muito bons, tenho feito uma alimentação muito mais dirigida para este tipo de esforço físico e espero conseguir reduzir bastante o tempo do ano passado (4h18). Para além disso, é uma questão de provar a mim mesma que sou capaz de tudo aquilo a que me proponho e de soltar a minha força interior.

   O consumo de carbohidratos já começou na quinta à noite e agora só vejo massa e pão à frente até domingo de manhã, aliados, claro está, a uma boa dose de proteínas. Tenho o gel e o powerade a postos, a roupa escolhida, os ténis limpos, a música seleccionada e até tenho um amuleto muito especial no pulso esquerdo, que irei mostrar apenas depois da prova. Falta-me só uma coisa: pedir o vosso apoio nas ruas. Se estão perto de Cascais ou Lisboa no domingo de manhã e não têm nada para fazer, vão para a rua gritar pelos que correm por um sonho. Levem cartazes, buzinas, panelas, mas acima de tudo, boa disposição. A prova começa em Cascais às 8 horas e vai quase até ao Guincho antes de dar meia volta e seguir até Lisboa, onde terminará na Praça do Comércio. Duvido que me consigam identificar na multidão mas em todo o caso devo passar em Cascais no regresso às 8h55 nos jardins do Casino Estoril pelas 9h20, em Carcavelos pelas 10h, Oeiras já mais perto das 10h20 ou 10h30, Cruz Quebrada pouco antes das 11h, Belém mais para as 11h30 e conto chegar à meta ali pelas 11h50. Um bater de palmas numa subida chega para alguém que está a pensar desistir continuar por mais algum tempo. Um high five dá um boost do caraças (então quando são de miúdos, é uma delícia). Ler cartazes de incentivo faz-nos rir quando só queremos é chorar. O apoio do público é fundamental.

   Se quiserem podem ainda descarregar a aplicação da maratona e seguir os meus passos em directo. Já activei o GPS, o que quer dizer que ele não vai actualizar apenas quando eu passar nos pontos de controlo de x em x quilómetros mas fará uma actualização em tempo real, o que é muito melhor. Para me seguirem só têm de me procurar com o meu número de dorsal (3816) ou com o meu nome (Rita Furtado).

   Este domingo, eu e mais uns milhares de maluquinhos vamos fazer história. A nossa história. Venham fazer parte dela!

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É exactamente com esta roupa que eu vou correr no domingo. Se me virem, gritem alto por mim que eu vou a ouvir música mas consigo perceber se me chamarem!

Funchal

A primeira rua começa logo com uma subida acentuadíssima. Depois, passo pela zona dos hotéis, poucos transeuntes na rua. A cidade ainda dorme, pelo menos uma parte. As montanhas ao longe cobrem-se de um ténue manto de nevoeiro, que se mistura ao verde incrível da paisagem. E eis que nasce o sol e me deixa encandeada. Bruto, majestoso, impõe a sua luz por cima das colinas e ilumina a ilha. Desço até ao porto e de imediato as minhas células olfactivas captam o cheiro do peixe fresco. Os barcos de pesca já atracaram há muito, e os pescadores aproveitam para lavar o chão do cais à mangueirada. Sigo até aos novos jardins depois da marina. No ano passado ainda se encontravam em construção. Observo, observo tudo e aproveito a ligeira brisa matinal, pois o sol aqui não é brincadeira. Dou meia volta e regresso pelo mesmo caminho, feliz. E assim foi o meu primeiro jogging no Funchal.

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